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Fundação BB lança projeto para geração de renda para catadores de recicláveis
Investimento na iniciativa é de R$ 4 milhões
Nesta segunda-feira, 5, a Fundação Banco do Brasil firmou parceria com a Central de Cooperativas e Empreendimentos Solidários (Unisol), que destina R$ 4 milhões em investimentos sociais para aumentar a renda e melhorar as condições de trabalho de catadores e catadoras de materiais recicláveis de sete municípios da Bahia.
O lançamento aconteceu no auditório da Secretaria Estadual do Planejamento (Seplan), em Salvador, com a assinatura do convênio para alocação de recursos financeiros necessários à implementação do Ecorecicla Mais: Consórcio Ambiental de Resíduos Sólidos da Bahia.
As atividades planejadas para o Ecorecicla Mais envolvem a melhorias da capacidade de gestão dos empreendimentos e da infraestrutura para o processamento e beneficiamento de resíduos sólidos. Há ações focadas na melhoria da logística a partir da implementação de técnicas de triagem e reciclagem.
O projeto vai abranger ações com a participação de estudantes, professores da rede pública, jovens e catadores dos municípios de Alagoinhas, Camaçari, Cardeal da Silva, Entre Rios, Inhambupe, Salvador e Santo Amaro. Haverá, entre outras atividades programadas, a capacitação de mais de 240 catadores e a elaboração de Plano de Sustentabilidade e Comercialização.
O aprimoramento do trabalho realizado pelos cooperados integrados à Unisol Bahia envolve o desenvolvimento de planos de logística e coleta para os territórios de abrangência dos projetos nos municípios participantes. As atividades vão contemplar também a implantação de uma unidade de recondicionamento de computadores a partir da reciclagem de lixo eletrônico.
A Fundação Banco do Brasil é apoiadora da iniciativa e defensora da transformação de vida dos atores locais por meio da geração de renda com a coleta dos recicláveis. Outra perspectiva do projeto é consequentemente o alcance dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), no combate à pobreza, enfrentamento à fome e na redução das desigualdades de número 1, 2 e 10 respectivamente.
Kleytton Morais, presidente da Fundação Banco do Brasil, participou do lançamento do projeto e mencionou pontos importantes da iniciativa relacionados a atuação institucional. “Destaco no Ecorecicla Mais o apoio aos empreendimentos das cooperativas de catadoras e dos catadores, grupos integrados aos nossos públicos priorizados. No campo da sensibilidade social, o projeto busca reconhecer e dar visibilidade à prestação de serviço ambiental realizado por estes trabalhadores. E as ações planejadas do Ecorecicla Mais vão proporcionar, em alinhamento com a Política Nacional de Resíduos Sólidos, a geração de renda e melhoria de vida para os participantes, por meio da aquisição de equipamentos, capacitação e a construção de galpão entre outros benefícios".
Ecorecicla Mais
O Ecorecicla Mais é um importante instrumento que tem como propósito melhorar as condições de trabalho de catadoras e catadores de materiais recicláveis da Bahia, aumentar a renda e ampliar a capacidade de gestão dos empreendimentos. A iniciativa ainda contribui com a preservação do meio ambiente, por meio da prestação de serviços ambientais realizados por esses trabalhadores, melhorando a qualidade de vida da comunidade. Todas essas ações fortalecem a Política Nacional de Resíduos Sólidos, reduzem as desigualdades e promovem a cidadania.
Além das atividades dedicadas ao aprimoramento do trabalho dos catadores haverá também no projeto a realização de reuniões dos participantes diretos junto a representantes do poder público dos municípios contemplados assim como com o governo estadual. O propósito é buscar meios de debater a implementação estruturada da Política Nacional de Resíduos Sólidos.
Economia solidária em destaque
imagens do evento: Ascom Setre (BA)
Fundação BB participa de encontro da Rede de Gestores de Políticas Públicas de Economia Solidária
Realizado no início do mês em Salvador (BA), o encontro nacional da Rede de Gestores de Políticas Públicas de Economia Solidária em comemoração aos 20 anos de atuação. Participaram do evento representantes de entidades de fomento, empreendimentos econômicos solidários, movimentos sociais, pesquisadores e organizações da economia solidária. O encontro contou com palestras, debates, mostras de soluções práticas e atrações culturais.
O que é economia solidária?
É um conjunto de atividades econômicas de produção, distribuição, consumo, poupança e crédito, organizados sob a forma de autogestão. A economia solidária se apresenta como uma alternativa de geração de trabalho e renda, sobretudo às populações mais empobrecidas, a favor da inclusão social.
Públicos: povos e comunidades tradicionais, quilombolas, ribeirinhos, trabalhadores e trabalhadoras rurais e urbanos
Unidades de atuação: empreendimentos econômicos solidários (EES)
Atuação: dinâmicas de desenvolvimento socioeconômico em suas localidades
Cadeias produtivas: agricultura familiar, o artesanato, a coleta de materiais recicláveis e reutilizáveis, o vestuário, entre outras
Recursos: cooperativismo de crédito e de serviços, os bancos comunitários e as iniciativas de fundos rotativos, dentre outros inúmeros existentes.
O tema da Economia Solidária está vinculado à atuação institucional da Fundação BB segundo o valor da proximidade, que consiste em conhecer a realidade e os desafios das comunidades para tomar decisões. E há uma relação também com o valor da sensibilidade social, que se traduz no respeito a diversidade e valorização do empoderamento socioeconômico.
O presidente da Fundação Banco do Brasil - Kleytton de Morais, participou do evento e explicou a relação da economia solidária com a atuação institucional no eixo Meio Ambiente e Renda. “Acreditamos na economia solidária como forma de geração de trabalho e renda que fortalece o coletivo, as redes de cooperação, as associações, o comércio justo e o consumo consciente. Estamos juntas e juntos para construção e reconstrução de políticas públicas que garantam a valorização de soluções justas e sustentáveis”.
Rede de Gestores de Políticas Públicas de Economia Solidária
A Rede é uma frente integrada de articulação de gestores e gestoras de políticas de economia solidária com o objetivo de proporcionar intercâmbio, interlocução, interação, sistematização, proposição de políticas públicas governamentais e realização de projetos comuns para o fomento e desenvolvimento da economia solidária, buscando qualificar a proposição e ações desenvolvidas a partir dos órgãos de governo para este segmento.
A proposta do evento foi celebrar os avanços, aprofundar a troca de experiências e aprendizados e fomentar uma agenda potente entre os entes federados em prol das políticas públicas de economia solidária. Foi destacada no evento a recriação da Secretaria Nacional de Economia Popular e Solidária (Senaes) vinculada ao Governo Federal por meio do Ministério do Trabalho e Emprego.
No manifesto elaborado pela Rede, são destacadas ações importantes como a construção de marcos regulatórios de apoio e reconhecimento da economia solidária e de direitos sociais dos trabalhadores. São necessários para este processo o acesso ao crédito, projetos solidários via bancos comunitários e fundos rotativos, investimento em infraestrutura, comercialização e consumo solidários, articulados em redes locais e nacional ambientalmente sustentáveis. Destacam também a necessidade do desenvolvimento e difusão de conhecimentos e tecnologias sociais interconectados aos saberes dos trabalhadores.
Com informações:
Rede de Gestores de Políticas Públicas de Economia Solidária e Governo da Bahia
Fundação BB e Enel são parceiros pelo meio ambiente
imagem do site Enel Green Power
Iniciativa conecta o cuidado ambiental com a geração de renda
A Fundação Banco do Brasil e a Enel Green Power Brasil (EGP) se uniram para viabilizar a instalação de tecnologias sociais que irão conectar o cuidado com o meio ambiente e a geração de renda, promovendo o acesso à água de qualidade para 120 famílias que vivem no semiárido baiano. As comunidades participantes do projeto residem na área de influência do parque eólico Delfina, construído e operado pela EGP desde 2017.
Por meio do projeto Semiárido Sustentável - Desenvolvimento do Salitre, famílias de nove comunidades rurais de Juazeiro (BA) e Campo Formoso (BA) serão beneficiadas com a instalação de cisternas para armazenamento de água potável, fossas sépticas ecológicas e sistemas para reaproveitamento de água cinza, além de capacitação para melhor uso dessas metodologias.
A iniciativa reaplicará Tecnologias Sociais certificadas pela Fundação BB para a estocagem de água da chuva para consumo humano, especialmente para beber e cozinhar, limpeza das casas, produção de alimentos e criação de animais para consumo próprio e comercialização.
Tecnologias Sociais
55 cisternas com capacidade de 16 mil litros cada;
25 fossas sépticas ecológicas para a melhoria do saneamento básico na área rural e implementados;
60 sistemas de Bioágua para o reuso de águas cinzas (chuveiros e pias) que, após processo de filtragem, podem ser utilizadas para irrigar alimentos como tubérculos, frutíferas e forrageiras;
Público: 120 famílias de 9 comunidades rurais, 5 escolas públicas;
Cidades: Juazeiro (BA) e Campo Formoso (BA).
Na área negocial, o Banco do Brasil tem uma relação muito sólida com a Enel, que é a maior empresa privada do setor elétrico brasileiro, com atividades nas áreas de geração, distribuição, transmissão e comercialização de energia. “Nosso relacionamento com a Enel é forte e estreito. Somos o banco centralizador da cobrança do grupo, com mais de 6 milhões de boletos por mês. Além disso, temos arrecadação, débito automático, fiança internacional de mais de R$ 50 milhões e uma margem de contribuição que alcança R$ 2,5 milhões por mês. Um relacionamento bastante robusto que nos abre portas para fechar parcerias como esta com a Fundação BB”, ressalta Francisco Lassalvia, diretor de Corporate and Investment Bank no BB.
Manejo sustentável da terra e das águas
O escopo do projeto realizado pela EGP e pela Fundação Banco do Brasil será executado pela AVSI Brasil, uma organização brasileira dedicada a melhoria das condições de vida de pessoas que vivem em situações de vulnerabilidade com a qual tanto a Fundação BB como a Enel já tinham uma parceria. “Ao conectarmos o BB, Enel, Fundação BB e AVSI, juntamos forças para tirar do papel esse belo projeto em que o BB apoia um grande cliente extrapolando o escopo das soluções financeiras”, conta o gerente de relacionamento Leonardo Caso, responsável pela conta da Enel no escritório Large Corporate Rio de Janeiro.
A partir da implementação do projeto, também será realizado durante um ano o monitoramento das etapas de plantio, manejo e colheita em três unidades micro produtivas agropecuárias da região, com orientação para que as famílias façam uso adequado do solo e das águas.
Rogério Biruel, diretor de Desenvolvimento Social da Fundação Banco do Brasil, destaca que “as tecnologias sociais reaplicadas irão transformar a realidade das famílias beneficiadas. Esta parceria com a Enel é muito importante para a Fundação BB, uma vez que promove o desenvolvimento sustentável da região onde a empresa atua, cuidando do meio ambiente, gerando trabalho e renda e melhorando a da qualidade de vida das comunidades".
Sobre a Fundação Banco do Brasil
A Fundação BB é o braço social do Banco do Brasil. Há 36 anos, contribui para a transformação social dos brasileiros e com o desenvolvimento sustentável do país. Por meio da parceria com instituições privadas, públicas e do terceiro setor, são apoiados projetos e ações em 5 programas estruturados - Educação para o Futuro, Meio Ambiente e Renda, Voluntariado, Tecnologia Social e Ajuda Humanitária - que promovem a geração de trabalho e renda em todas as regiões do Brasil. Clique aqui e acesse as principais realizações da instituição em 2021.
Mulheres se destacam no voluntariado
O perfil dos voluntários no país é em sua maioria de mulheres, afirma pesquisa do IBGE
Consideradas mais altruístas, empáticas e comprometidas, as mulheres têm feito jus aos atributos que lhes dão ao mostrar que são elas as que mais encontram um espaço na agenda para se dedicar ao voluntariado. De acordo com a pesquisa “Outras Formas de Trabalho 2018”, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), de 7,2 milhões de pessoas que realizam trabalho voluntário, 5,0% são mulheres, enquanto eles representam 3,4%.
Para Silvia Maria Louzã Naccache, consultora e palestrante em voluntariado, a mudança de comportamento por parte das mulheres é gradativamente perceptível na última década. “As oportunidades de atuação para o voluntariado se transformaram muito nesses 10 anos e as pessoas perceberam que além de doar tempo, energia e amor, também podem compartilhar seus talentos driblando até mesmo a distância. Mas o mais importante é que mesmo as mulheres sendo mais ocupadas, elas têm encontrado uma causa para se dedicar. E, em questão de tempo, o interesse e a participação de homens e mulheres serão bem mais equilibrados”, destaca.
Encontrando uma missão
Mesmo sendo muito interessada desde jovem às causas sociais, Quéli Gonsalves, escriturária do Banco do Brasil, em São Gabriel (BA), desde 2011, não escolheu o projeto pelo qual queria se dedicar, mas sim foi escolhida e de uma maneira inusitada em 2019. “Na época, o presidente da Fundação Culturarte chegou à agência onde trabalho em busca de patrocínio. O gerente explicou para ele que o Banco apoiava projetos por meio da Fundação Banco do Brasil. Logo nós abrimos o site e vimos que havia um edital para seleção de projeto. E, foi aí, com o apoio do André Oliveira que me voluntariei”, relata.
O projeto “Inclusão Produtiva em Eventos Culturais no Sertão da Bahia”, que atua em São Gabriel (BA), visa a qualificação da produção cultural em suas diversas linguagens, apoiando artesãos, artistas plásticos, músicos e demais produtores criativos, para fins de criar oportunidades de geração de emprego e renda. O projeto foi pensado no contexto dos eventos culturais da região, a partir da experiência da Culturarte com a realização da Cantoria de São Gabriel, há quase 30 anos.
E o melhor é que o projeto contempla mulheres, garantindo cinquenta por cento das vagas nas formações para este público. Além de assegurar a participação da juventude, priorizando na formação no campo do audiovisual vagas para o público de 16 a 29 anos.
Foi nesta iniciativa que Quéli pôde sair da sua zona de conforto e voltar o seu olhar para o outro. “Ali, eu me senti uma pessoa socialmente necessária a partir do entendimento de que cada pessoa é importante e todos nós temos algo a oferecer. Não devemos ficar inertes frente a situações que nos incomodam dentro da nossa comunidade (ou até mais amplamente)”, compartilha.
Quando perguntada sobre como enxerga as mulheres no voluntariado, ela conclui que esse cenário pode variar de uma região do país para outra. “Aqui no território de Irecê (BA) eu noto uma forte presença masculina em ações voluntárias. O estigma de que certas tarefas, como os serviços domésticos e os cuidados com a família, são tarefas essencialmente femininas, pode nos restar pouco tempo para outras atividades. Já em outras regiões pode ser que a sensibilidade feminina as impulsione para atividades voluntárias, mais que aos homens”, finaliza.
Feira de Mulheres Negras agita Cachoeira (BA)
Evento promove a valorização do artesanato local e fortalece a identidade e autonomia das mulheres
A tradicional festa de Yemanjá que reúne todos os anos uma multidão de admiradores foi o cenário escolhido por um grupo de artesãs, quilombolas rurais e urbanas, marisqueiras, pescadoras e jovens negras nos mais variados segmentos socioculturais para movimentar o comércio da cidade Cachoeira (BA), no último fim de semana.
A Feira de Mulheres Negras reuniu trabalhos de 30 integrantes do Coletivo de Mulheres Negras, no Jardim do Faquir, em frente à Universidade Federal do Recôncavo Baiano (UFRB). O evento foi criado com o objetivo de promover a inclusão social, geração de renda, assim como preservar e fortalecer a cultural e a autonomia das mulheres. O evento foi realizado pela Secretaria de Assistência Social e pelo Coletivo de Mulheres Negras, com o apoio da Cáritas Brasileira, Fundação Banco do Brasil e da UFRB.
Programada para acontecer quinzenalmente, a feira das mulheres exibe o que há de mais bonito no artesanato da região – bordados diversos, bonecas, quadros, tapetes, crochê, flores, joias e bijuterias, além de alimentos regionais biscoitos, bolos, azeites e mel.
“Trabalhamos com mulheres com idades variadas entre 22 e 60 anos que têm muitos talentos e que sonham positivo, porque elas querem ampliar suas produções. Pretendemos realizar duas feiras no mês e em todas as festas culturais da cidade. Nosso objetivo também é estender a parceria para fortalecer o processo de produção das mulheres”, destacou Adriana Silva, secretária de assistência social do município.