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Tecnologia social apoia jovens na criação do próprio negócio
Inciativa foi certificada no Prêmio Fundação Banco do Brasil de Tecnologia Social 2017
Fundo Solidário Jovens que Empreendem é uma tecnologia social, criada em 2014 na cidade de Teresina, que visa o empoderamento econômico e social de jovens de baixa renda e em situação de vulnerabilidade social, por meio do acesso a recursos financeiros que facilitam iniciar um empreendimento individual ou coletivo. A iniciativa recebeu certificado de tecnologia social em 2017 da Fundação Banco do Brasil (FBB).
O recurso é ofertado em forma de empréstimo aos alunos participantes do projeto Juventude Empreendedora - Escola de Culinária Pimenta do Reino, da Cáritas Arquidiocesana de Teresina, que atende cerca de 80 jovens por ano com os cursos de qualificação profissional.
O investimento é de até R$ 2 mil, e para ter acesso o aluno precisa apresentar um projeto, com um pequeno plano de negócio, especificando em que vai empregar o dinheiro e de que forma irá devolvê-lo. Esse projeto é avaliado pela comissão e só depois o valor é liberado. Com o incentivo do Fundo Solidário, já foram criados dezesseis empreendimentos nesse modelo.
O incentivo ajudou Cleber Mecone da Silva, de 33 anos, a montar o seu negócio: venda de bolos para festas por encomenda e algodão doce. Em 2016, recém-chegado à capital piauiense, ele viu na oportunidade de fazer o curso de culinária - alimentação para festa - a fórmula certa para ter uma renda e sobreviver na cidade que havia escolhido para morar. O curso incluiu também os módulos de confeitaria, panificação, doces e tortas, além de organização de festas, práticas de higiene e empreendedorismo. Com os R$ 700 que pegou emprestado, Cleber comprou um forno e uma pia para a cozinha. “O curso me deu suporte e me abriu os olhos para perceber o negócio que precisava”.
Ana Lísia Lopes, de 40 anos, não recorreu ao recurso oferecido pela tecnologia social, mas aproveitou tudo que aprendeu no curso de culinária que fez em 2014. Em depressão e com duas filhas para sustentar, a comerciante explica que nunca pensou em trabalhar no ramo alimentício, mas que hoje não se vê fazendo outra coisa. “Minha mãe sempre fez bolos em casa, mas nunca me interessei em aprender. Um dia passou um carro aqui na minha porta anunciando os cursos da Escola de Culinária, e dizia que tudo era gratuito. Fui lá só por curiosidade, gostei tanto do que percebi que queria aquilo para a minha vida”. Com a ajuda do pai, Ana montou, em janeiro de 2016, uma pequena padaria na casa da família e onde vende salgados e bolos.
“Trabalho Decente e Crescimento Econômico” é o oitavo Objetivo de Desenvolvimento Sustentável (ODS), que traz uma preocupação especial com o trabalho para grupos sociais específicos, como as mulheres, pessoas com deficiência e os jovens. Uma de suas metas é promover até 2020, políticas orientadas para o desenvolvimento que apoiem as atividades produtivas, geração de emprego decente, empreendedorismo, criatividade e inovação, e incentivar a formalização e o crescimento das micro, pequenas e médias empresas, inclusive por meio do acesso a serviços financeiros.
Projeto no interior de Minas garante trabalho de jovens no campo
Iniciativa em Arinos, região Noroeste de Minas Gerais, oferece opções para atuar em hortas comunitárias, apicultura, plantio e processamento de baru, produção de fungicidas e repelentes biológicos
Warllei Oliveira tem 26 anos e um futuro promissor à frente. Técnico agrícola, o morador de Arinos (MG) é visto na região como referência na organização e mobilização das famílias para o manejo correto do extrativismo do baru, fruto típico do cerrado.
Entre 2016 e 2017, ele e outros 29 jovens de 15 a 26 anos receberam incentivo do projeto Juventude Rural para atuar em atividades que estimulassem a permanência do jovem no campo, com melhoria da renda, por meio da diversificação de empreendimentos econômicos voltados à agricultura familiar e de base agroecológica. Os participantes são filhos de agricultores familiares dos municípios de Arinos, Uruana de Minas e Riachinho, região do Urucuia Grande Sertão, no Noroeste de Minas, e estudantes do Instituto Federal Norte de Minas (IFNM) Campus Arinos, com vocação para o trabalho rural. O IFNM colaborou na implantação do projeto e no acompanhamento das atividades produtivas, com auxílio de professores nas atividades de formação, pesquisa e extensão.
O projeto é realizado pela Cooperativa de Agricultura Familiar Sustentável com Base na Economia Solidária (Copabase), em parceria com a Fundação Banco do Brasil, que investiu R$ 200 mil na implantação de cinco hortas comunitárias, uma unidade de processamento de baru e um núcleo de produção de fungicidas e repelentes biológicos. O recurso foi investido também na compra de equipamentos e insumos para uma unidade de produção de mel.
Na oportunidade oferecida pelo projeto, Warllei percebeu uma chance de crescer profissionalmente, assim como melhorar a vida da sua família e daqueles que estavam à sua volta. "Quando a Copabase nos ofereceu a chance de trabalhar no projeto, não tive dúvidas na escolha do baru, porque já tinha uma familiaridade com a cadeia produtiva. Logo em seguida, formei um grupo com seis famílias e me associei à cooperativa”, disse.
Após ingressar na iniciativa, o jovem mineiro contabilizou conquistas pessoais e coletivas. Ajudou a Copabase a aumentar o número de jovens cooperados de 6 para 30 e, com isso, melhorar os resultados em todas as atividades. Em 2017, a cooperativa coletou e comercializou 94 mil quilos de baru, vendidos para os Estados Unidos. A produção de castanha de baru ficou em 10 toneladas, sendo que 80% foram comercializadas para indústrias de alimentos orgânicos da cidade de São Paulo e os 20% restantes passaram por beneficiamento no galpão da cooperativa e vendidas em eventos, feiras e para consumidores finais.
Warllei conta com orgulho que o projeto lhe abriu um leque de possibilidades, com os cursos e capacitações. Ele conseguiu comprar uma chácara de 2 hectares, distante 3 quilômetros da cidade, onde já plantou 160 pés de baru e outras culturas. “Já colhi maracujá e mandioca na minha propriedade. O próximo passo é construir uma casa para tirar meus pais do aluguel”, concluiu.
Parceria de sucesso
Com quase dez anos de existência, a Cooperativa da Agricultura Familiar com Base na Economia Solidaria – COPABASE já executou mais de 25 convênios em parceria com a Fundação Banco do Brasil, com o objetivo de melhorar a vida das famílias. A entidade é constituída por cooperados que são, a maioria, agricultores familiares dos municípios da região do Vale do Rio Urucuia: Arinos, Bonfinópolis, Buritis, Chapada Gaúcha, Formoso, Pintópolis, Riachinho, Urucuia e Uruana de Minas. As atividades consistem principalmente em administrar e gerenciar o funcionamento das unidades de processamento de mel e frutas, além de comercialização e organização da produção de polpas de frutas, mel, baru, óleo de pequi, açúcar mascavo, farinha de mandioca e outros produtos da agricultura familiar.
Juventude Rural
O Juventude Rural surgiu para apoiar projetos de cooperativas e associações que buscam estruturar empreendimentos econômicos de grupos de jovens rurais de 15 a 29 anos. Com a parceira do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), foram investidos R$ 8 milhões em projetos que estimulem o protagonismo dos jovens do campo, que fortaleçam práticas sustentáveis de cultivo agroecológico e uso da sociobiodiversidade. Ao todo, foram apoiados 48 projetos em todo país, selecionados via edital.
A divulgação deste assunto contempla quatro Objetivos do Desenvolvimento Sustentável, que fazem parte da Agenda da Organização das Nações Unidas com metas para o ano 2030.
Divina Providência pela educação que transforma
Fundação BB apoia iniciativa de inclusão socioprodutiva por meio de oficinas para crianças e jovens
O projeto "Divina Providência", criado em parceria com o Centro de Formação da Divina Providência, em Encruzilhada do Sul (RS), que atualmente tem mais de 25 mil habitantes, recebeu investimento social de R$ 170 mil. A entidade atende cerca de 130 crianças e adolescentes de famílias de baixa renda do município distante 170 km de Porto Alegre, com ações socioeducativas, como oficinas de artesanato, ludicidade e culinária, além das aulas de capoeira, judô, informática, música e teatro.
A instituição, criada em 2003, há tempos está com estrutura física desgastada e necessita de reparos e outras obras. Com o apoio recebido da Fundação Banco do Brasil, começou a manutenção do espaço para adequá-lo ás necessidades dos jovens. Também foram adquiridos materiais didáticos, pedagógicos e equipamentos como geladeira e armário.
Elisa Maria, tesoureira da entidade, informou que serão instaladas lixeiras aramadas, destinadas ao recolhimento do lixo seco, nas imediações da instituição que fica na Vila da Fonte. “Temos um programa de Educação Ambiental no qual incentivamos nossos alunos a recolherem material reciclado, e eles são retribuídos com uma pontuação criada, a da moeda estrela”, disse. Elisa explicou que esta bonificação proporciona a entrega de material arrecadado junto á comunidade, tal qual material escolar e vestuário.
A comunidade vizinha ao Centro de Formação é constituída em sua maioria por trabalhadores rurais que fazem a colheita em grandes plantações, sendo conhecidos como trabalhador rural sazonal.
Além do apoio da Fundação BB neste projeto a entidade promove ações socioeducativas e de inclusão socioprodutiva com o auxílio de parceiros como Fundação do Bem - grupo Tramontina, prefeitura municipal, secretaria estadual do trabalho e desenvolvimento social, Banrisul além de representantes do meio empresarial do município.
A divulgação deste assunto contempla três Objetivos do Desenvolvimento Sustentável, que fazem parte da Agenda da Organização das Nações Unidas com metas para o ano de 2030.
Ensino de robótica e inglês vai incentivar empreendedorismo entre jovens
Projeto no interior de Sergipe pretende criar duas metodologias de ensino para reaplicação em escolas
Santa Luzia do Itanhy, a 86 quilômetros de Aracaju, precisa de ações de geração de renda para os 14 mil habitantes - 36 por cento das famílias vivem abaixo da linha da pobreza extrema, a maior parte na área rural (dados do IBGE e Ministério do Desenvolvimento Social). Desse desafio, surgiu o projeto do Instituto de Pesquisas em Tecnologia e Inovação (IPTI) para promover a formação técnica de jovens em várias atividades e ao mesmo tempo prepará-los a disseminar os conhecimentos para outros estudantes.
O projeto em parceria com a Fundação Banco do Brasil, chamado Alba - Academia de Linguagens e Belas Artes, com investimento social de R$ 237 mil, vai desenvolver duas metodologias de ensino com a participação de estudantes a partir de 11 anos. Uma delas será desenvolvida por meio da robótica. Os participantes vão desenvolver linguagem de programação e um robô que auxiliará no aprendizado de português e matemática nos primeiros anos do ensino fundamental. A outra metodologia será destinada ao aprendizado de inglês. A ideia é que elas possam ser reaplicadas pelos participantes em escolas, em suas comunidades ou qualquer outra localidade do Brasil.
Além de atuar com educação, o projeto pretende incentivar a ação empreendedora dos jovens para ampliar oportunidades de renda, trabalhando entre eles os conceitos de economia criativa, conjunto de atividades relacionadas à produção e distribuição de bens e serviços que utilizam a criatividade e as habilidades dos indivíduos ou grupos como elemento principal. "Precisamos fomentar a permanência destes talentos nos seus municípios e para isso estimular o empreendedorismo criativo é a nossa estratégia", explica o coordenador geral do projeto, Saulo Barretto.
Por meio de distintos projetos que envolvem formação técnica, o instituto vem incentivando a economia criativa entre pessoas de 11 a 25 anos. Duas empresas já se formaram entre os participantes das atividades – uma de ilustração e outra de artesanato – e uma terceira está em formação na área de software. Há ainda grupos que trabalham com audiovisual e música eletrônica.
O ensino de inglês será um complemento importante, pois vai permitir aos atendidos pelo instituto ampliar as possibilidades de estudo e de negócios com outros países. "Quem estiver no nível de conversação, poderá falar com jovens e empresas do mundo inteiro."
A divulgação deste assunto contempla três Objetivos do Desenvolvimento Sustentável, que fazem parte da Agenda da Organização das Nações Unidas com metas para o ano de 2030.
Oficina prepara adolescentes de Manaus (AM) para o mercado de trabalho
Fundação BB vai destinar R$70 mil para a aquisição de computadores e para formação em tecnologias da informação e em conhecimentos para o primeiro emprego
No norte do Brasil, muitos jovens optam por abandonar os estudos no intuito de se tornarem independentes ou até mesmo para ajudar no orçamento familiar, ficando à mercê da violência e da exploração do mercado de trabalho informal.
Para reduzir a evasão escolar e contribuir com a inclusão social e a empregabilidade de adolescentes em programas que não atrapalhem os estudos, a Associação para o Desenvolvimento Coesivo da Amazônia (ADCAM) desenvolveu a oficina Quero Ser Aprendiz.
O trabalho agora vai ser reforçado com a implantação de uma sala de informática, construída com o investimento social da Fundação Banco do Brasil. O convênio, assinado nesta sexta-feira (09), faz parte do projeto Voluntários BB/FBB 2016 e vai destinar cerca de R$ 70 mil para a aquisição e instalação de computadores e para formação de 80 adolescentes de Manaus (AM).
O projeto tem como objetivo possibilitar o acesso às novas tecnologias da informação, por meio de cursos de informática e capacitações de conhecimentos, habilidades e atitudes exigidos no mercado de trabalho, como preparatório para programas como o Jovem Aprendiz.
Para que os participantes se desenvolvam melhor nas entrevistas de emprego, o projeto oferece ainda outras atividades como acompanhamento psicossocial, testes vocacionais e oficinas de elaboração de currículo.
Para Simone Sodré, coordenadora de projetos da instituição, a ideia é desenvolver o aspecto profissional dos alunos. “Essa fase da vida é muito complicada, então, o projeto vai ajudar a despertar as capacidades dos adolescentes e fazer com que eles entrem no mercado de trabalho mais preparados, porque eles não tem recursos financeiros para fazer essa preparação.”
Francimara Amaral é jovem aprendiz e destaca como a formação foi importante para sua formação profissional. “Participar desse curso foi muito importante, me ajudou a melhorar minha postura nas entrevistas de emprego e a me sair bem no processo do jovem aprendiz.”