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Thursday, 13 February 2020 15:30

Feira de Mulheres Negras agita Cachoeira (BA)

Portal Interno Feira de Mulheres

Evento promove a valorização do artesanato local e fortalece a identidade e autonomia das mulheres

A tradicional festa de Yemanjá que reúne todos os anos uma multidão de admiradores foi o cenário escolhido por um grupo de artesãs, quilombolas rurais e urbanas, marisqueiras, pescadoras e jovens negras nos mais variados segmentos socioculturais para movimentar o comércio da cidade Cachoeira (BA), no último fim de semana.

A Feira de Mulheres Negras reuniu trabalhos de 30 integrantes do Coletivo de Mulheres Negras, no Jardim do Faquir, em frente à Universidade Federal do Recôncavo Baiano (UFRB). O evento foi criado com o objetivo de promover a inclusão social, geração de renda, assim como preservar e fortalecer a cultural e a autonomia das mulheres. O evento foi realizado pela Secretaria de Assistência Social e pelo Coletivo de Mulheres Negras, com o apoio da Cáritas Brasileira, Fundação Banco do Brasil e da UFRB.

Programada para acontecer quinzenalmente, a feira das mulheres exibe o que há de mais bonito no artesanato da região – bordados diversos, bonecas, quadros, tapetes, crochê, flores, joias e bijuterias, além de alimentos regionais biscoitos, bolos, azeites e mel.

“Trabalhamos com mulheres com idades variadas entre 22 e 60 anos que têm muitos talentos e que sonham positivo, porque elas querem ampliar suas produções. Pretendemos realizar duas feiras no mês e em todas as festas culturais da cidade. Nosso objetivo também é estender a parceria para fortalecer o processo de produção das mulheres”, destacou Adriana Silva, secretária de assistência social do município.

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 Portal Maior FashionWeek

Peças criadas pela estilista Flávia Aranha, com produtos confeccionados por artesãs de MG, estarão presentes na 47ª edição do evento
Há quatro anos, a fiandeira Neusali Gonçalves de Souza Figueiredo, do município de Riachinho (MG) juntou-se ao grupo de mulheres da Central Veredas para aprender um lindo ofício: o tear ou fiar. Em pouco tempo ela já sabia fazer peças incríveis que passaram a ser comercializadas no Brasil e em outros países. A sua mestre foi a artesã Maria Nadir Mendes de Sá, uma das mais experientes do grupo de 160 mulheres.
Os produtos desenvolvidos pelas artesãs são frutos da criatividade, inspiração e da cultura do Urucuia Grande Sertão, região noroeste de Minas Gerais, onde Guimarães Rosa se inspirou para escrever sua obra Grande Sertão:Veredas. As técnicas, repassadas de pais para filhos, são referenciais  na qualidade e no tingimento com pigmentação de árvores do Cerrado.
Na lista de peças confeccionadas pelo grupo estão os artesanatos de algodão - xales, mantas para sofá, colchas, jogos americanos e caminhos de mesa. Elas também confeccionam objetos decorativos e bordados com temas da região e árvores do Cerrado, como caixas, móveis e flores produzidas com o buriti.
No próximo dia 27, no Espaço Arca em São Paulo, Neusali, Maria Nadir e outras duas artesãs apresentarãosuas peças em um dos maiores e mais famosos desfiles de moda do mundo, o São Paulo Fashion Week.  As roupas foram desenvolvidas pela estilista de moda Flávia Aranha, que conheceu o trabalho do grupo em 2015.
Flávia conta que andava a procura de pessoas que trabalhassem com o tingimento à base do índigo natural quando descobriu que as mulheres da Central Veredas usavam a técnica que estava meio esquecida. “Em pouco tempo visitei todos os núcleos e me apaixonei pelo lugar, pelas histórias de vida e pelo conhecimento que elas têm sobre a fiação tradicional. Além disso, vi que elas trabalhavam cantando e isso foi muito impactante. A partir daí, a gente passou a fazer experiências juntas na tecelagem. Também me interessei pelos bordados, pelos tecidos, por tudo. Quero investir na cultura do algodão, pois o artesanato  precisa de apoio  e de fomento, e eu quero colaborar”, declarou a estilista. 
Investimento da Fundação BB
A Fundação Banco do Brasil é um dos principais parceiros da Central Veredas, entidade composta por núcleos produtivos nas localidades mineiras de Natalândia, Sagarana, Bonfinópolis de Minas, Riachinho, Serra das Araras, Chapada Gaúcha, Urucuia, Uruana de Minas, Buritis e Arinos. Desde 2013 foram investidos cerca de R$ 980 mil na estruturação da Rede Solidária de Artesanato, com objetivo de garantir a sustentabilidade da organização.
Os recursos foram aplicados na mobilização e capacitação das artesãs para o fortalecimento dos núcleos, melhoria da qualidade das peças e aumento da produtividade. E ainda, contribuíram para o aprimoramento da tecnologia social “Cores do Cerrado” na construção e estruturação da unidade de tingimento.
A metodologia "Cores do Cerrado" foi certificada pelo Prêmio Fundação de Tecnologia Social em 2011 e é parte do Banco de Tecnologia Social (BTS), junto com outras 985 iniciativas. A tecnologia propõe a recuperação da atividade artesanal tradicional, com foco no trabalho em rede e conceitos do comércio justo, possibilitando a geração de emprego e renda dignos em atividades de fiação artesanal, tecelagem e tingimento com corantes naturais e orgânicos.
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Fundação BB apoia iniciativa de inclusão socioprodutiva por meio de oficinas para crianças e jovens

O projeto "Divina Providência", criado em parceria com o Centro de Formação da Divina Providência, em Encruzilhada do Sul (RS), que atualmente tem mais de 25 mil habitantes, recebeu investimento social de R$ 170 mil. A entidade atende cerca de 130 crianças e adolescentes de famílias de baixa renda do município distante 170 km de Porto Alegre, com ações socioeducativas, como oficinas de artesanato, ludicidade e culinária, além das aulas de capoeira, judô, informática, música e teatro.

A instituição, criada em 2003, há tempos está com estrutura física desgastada e necessita de reparos e outras obras. Com o apoio recebido da Fundação Banco do Brasil, começou a manutenção do espaço para adequá-lo ás necessidades dos jovens. Também foram adquiridos materiais didáticos, pedagógicos e equipamentos como geladeira e armário.

Elisa Maria, tesoureira da entidade, informou que serão instaladas lixeiras aramadas, destinadas ao recolhimento do lixo seco, nas imediações da instituição que fica na Vila da Fonte.  “Temos um programa de Educação Ambiental no qual incentivamos nossos alunos a recolherem material reciclado, e eles são retribuídos com uma pontuação criada, a da moeda estrela”, disse.  Elisa explicou que esta bonificação proporciona a entrega de material arrecadado junto á comunidade, tal qual material escolar e vestuário.
 
A comunidade vizinha ao Centro de Formação é constituída em sua maioria por trabalhadores rurais que fazem a colheita em grandes plantações, sendo conhecidos como trabalhador rural sazonal.  

Além do apoio da Fundação BB neste projeto a entidade promove ações socioeducativas e de inclusão socioprodutiva com o auxílio de parceiros como Fundação do Bem - grupo Tramontina, prefeitura municipal, secretaria estadual do trabalho e desenvolvimento social, Banrisul além de representantes do meio empresarial do município.

A divulgação deste assunto contempla três Objetivos do Desenvolvimento Sustentável, que fazem parte da Agenda da Organização das Nações Unidas com metas para o ano de 2030.

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