Quinta, 15 Dezembro 2016 18:57

Comunidades de matriz africana de Teresina vão produzir confecções Destaque

Escrito por Assessoria de comunicação com informações da Semest -Teresina
Avalie este item
(1 Votar)

Convênio entre Fundação BB e Prefeitura vai atender 200 pessoas de 20 comunidades com o objetivo de gerar emprego e renda

Um projeto para a produção de roupas e acessórios com identidade cultural de matriz africana vai envolver 20 comunidades de Teresina (PI). O objetivo é gerar trabalho e renda, além de firmar a identidade cultural dessas comunidades. O investimento de aproximadamente R$ 360 mil é da Fundação Banco do Brasil e faz parte de um convênio com a prefeitura da cidade.
Intitulado de "Sustentabilidade de Comunidades Tradicionais de Matriz Africana", o projeto vai envolver cerca de duzentas pessoas na estrutura de ateliês, montados com máquinas, mesas de costura e materiais necessários para a produção. Além disso, esses grupos devem recebem consultorias voltadas para criação de novos produtos e o desenvolvimento de práticas de solidariedade e sustentabilidade.

Para Pai Flávio de Ogum, líder da comunidade no bairro Mafrense, esse é um passo significativo para garantir geração de renda aos povos de terreiros, que já produzem vestimentas e acessórios para uso pessoal. "Já mantemos uma pequena produção dentro das nossas casas, principalmente de roupas e itens usados nas nossas festas. Mas é preciso externar e expandir essa produção, porque existe uma demanda no mercado. Então esse projeto vem para dar uma oportunidade de geração de renda para os integrantes desses comunidades, o que resulta em uma melhor qualidade de vida ", destaca.

"Vemos como uma parceria importante entre o município e a Fundação Banco do Brasil, que vai ajudar a fortalecer esses grupos, tanto no aspecto da produção, qualificação e comercialização. Isso vai contribuir para o crescimento de todos, agregando mais qualidade de vida", explica o Superintendente Estadual do Banco do Brasil, Pio Gomes Júnior, que participou da assinatura do convênio em 22 de novembro.

Segundo o secretário municipal de Economia Solidária (Semest), Olavo Braz, esse projeto integra um conjunto de ações de apoio aos grupos de matriz afro existentes na capital. "Estamos buscando tirar esses terreiros do fundo dos quintais e mostrar para a sociedade que eles existem, que possuem um grande potencial e precisam ser devidamente valorizados e respeitados."

Multiplicadores

A elaboração do projeto foi acompanhada por uma comissão de pais e mães de santo, para dar garantia de que suas demandas e especificidades fossem contempladas. A equipe também contribuiu na seleção das comunidades participantes. Dentre os critérios de escolha dos grupos está a estrutura do local, a fim de garantir que os ateliês sejam implantados em espaços que tenham condições de executar o projeto. O intuito é que sejam criados multiplicadores que possam compartilhar os conhecimentos adquiridos com outras comunidades.

Ler 21342 vezes Última modificação em Quinta, 15 Dezembro 2016 19:04

Deixe um comentário

Certifique-se de preencher os campos indicados com (*). Não é permitido código HTML.