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Ministros Márcio Macêdo e Paulo Teixeira reforçam o compromisso governamental com a Agroecologia

O Brasil defende novos modelos de desenvolvimento econômico e quer colocar no centro dos debates nacional e internacional o combate à fome, à pobreza e às desigualdades e o incentivo ao desenvolvimento sustentável. A retomada da Política Nacional de Agroecologia e Produção Orgânica é um importante caminho para alcançar esses objetivos. É o que os ministros da Secretaria-Geral da Presidência da República, Márcio Macêdo e do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar, Paulo Teixeira, junto a outros parceiros, como o BNDES e a Fundação Banco do Brasil vão fazer nesta segunda-feira, durante a abertura do 12º Congresso Brasileiro de Agroecologia (CBA). O evento, consagrado pela Associação Brasileira de Agroecologia (ABA-Agroecologia), é reconhecido como referência acadêmica e política sobre agroecologia na América Latina.

Diálogo Estratégico entre Governo e Sociedade Civil

O Congresso Brasileiro de Agroecologia  reunirá participantes diversificados, abrangendo pesquisadoras/es, professores, estudantes, técnicas/os e extensionistas, agricultoras/es familiares, povos e comunidades tradicionais, indígenas, e ativistas de movimentos sociais. Esta reunião será um fórum propício para o diálogo entre o governo e a sociedade civil, oferecendo um espaço para anúncios significativos relacionados à retomada da Política Nacional de Agroecologia e Produção Orgânica (PNAPO), conforme orientação do Presidente Lula.

Mais recursos e compromissos estratégicos

Durante a Sessão de Abertura, os Ministros Márcio Macêdo e Paulo Teixeira celebrarão a retomada do Programa ECOFORTE, instituído em 2013 por meio de articulação interministerial e da cooperação com o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social - BNDES e a Fundação Banco do Brasil. Desta vez, O ECOFORTE , como  já fez anteriormente, vai dar apoio a diversos projetos voltados para a estruturação e fortalecimento das redes de agroecologia, extrativismo e produção orgânica.

Nesta semana, a cidade do Rio de Janeiro sedia ainda outro importante evento relacionado à agricultura familiar e à produção de alimentos: a XXXIX REAF - Reunião Especializada em Agricultura Familiar do Mercosul. A Reunião deve discutir uma Recomendação aos países-membros do bloco que visa a elaboração, fortalecimento e ampliação de políticas públicas de agroecologia e para a transição agroecológica, em linha com as diretrizes da FAO que prioriza a  transformação para sistemas agroalimentares mais eficientes, inclusivos, resilientes e sustentáveis.

A retomada do Programa ECOFORTE, agora com aporte de novos recursos, aliada à instalação da Comissão Nacional de Agroecologia e Produção Orgânica – CNAPO, composta por 44 representantes de governo e sociedade civil, marcam a retomada da Política Nacional de Agroecologia ainda mais forte. Esta ação reafirma o compromisso do governo brasileiro com a promoção da agroecologia e com a sustentabilidade ambiental.

Para mais informações sobre o 12º CBA, acesse: https://cba.aba-agroecologia.org.br/imprensa/.">https://cba.aba-agroecologia.org.br/imprensa/.

A imprensa está convidada a participar e a acompanhar.

Abertura do Congresso Brasileiro de Agroecologia, dia 20/11/2023, a partir das  18:00h, na Fundição Progresso, Rio de Janeiro

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Portal Interno GiraSol

Empreendimento dispõe de alimentos e produtos orgânicos e gera renda para as famílias de mulheres agricultoras

O Armazém GiraSol do projeto “Mulheres Rurais em Rede: Agroecologia, Autonomia Econômica e Autogestão Solidária” foi inaugurado na quarta-feira (05) no Bairro Santana, em Porto Alegre (RS). O espaço de comercialização é fruto da parceria entre a Fundação Banco do Brasil, a ONU Mulheres e a Cooperativa de Comércio Justo e Consumo Consciente – GiraSol que, em 2019, assinaram um convênio para beneficiar agricultoras familiares, assentadas da reforma agrária e quilombolas do Rio Grande do Sul, Paraná e Rio de Janeiro.

Com o investimento social de R$ 849,4 mil, o armazém vai atender 18 empreendimentos femininos em 14 municípios - Maricá (RJ), Magé (RJ), Teresópolis (RJ), Mallet (PR), Inácio Martins (PR), Pitanga (PR), Porto Alegre (RS), Portão (RS), Gravataí (RS), Viamão (RS), Terra de Areia (RS), Torres (RS), Mostardas (RS) e Piratini (RS) – que fazem parte da Rede de Economia Solidária e Feminista (Resf).

Quem visita o espaço encontra geleias, molhos de tomate, farinhas em geral, chás, pastas, grande variedade de grãos, chips de banana, biscoitos, doces, bebidas, derivados de leite e biocosméticos, cultivados sem o uso de agrotóxicos

O local dispõe também de uma cafeteria com lanches e refeições saudáveis, além da promoção de atividades culturais, debates sobre temas da sociedade contemporânea, rodas de conversa e eventos sobre gastronomia, agricultura familiar, sustentabilidade, economia solidária e empoderamento feminino.

De acordo com Tanara Lucas, coordenadora executiva do projeto e responsável pelo armazém, todos estão muito felizes. “O público em geral está estão gostando muito e quando fica sabendo quem são os beneficiados pelo projeto fica ainda mais encantado. O que é mais incrível é que a iniciativa dá a oportunidade das pessoas continuarem fazendo o que sempre fizeram, mas agora de forma organizada. Todos estão mais confiantes e se sentindo mais valorizados, porque trabalham sabendo que têm onde vender seus produtos. E esse é o objetivo, ajudar a esses empreendimentos a gerar renda para as famílias e principalmente valorizar a mão de obra feminina”, declarou.

Serviço:
Armazém GiraSol
Endereço: Avenida Venâncio Aires, 757, Bairro Santana – Porto Alegre (RS)
Horário de funcionamento: De segunda-feira a sábado, das 9h às 19h

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portal Sem Título 1

Projeto gera renda para agricultores familiares que beneficiam de farinha de mandioca e vão iniciar produção de polpas de fruta

Na margem esquerda do rio Tapajós, bem no meio da floresta amazônica, uma comunidade tradicional usa bicicletas para coletar frutas, energia solar para beneficiar a farinha de mandioca na agroindústria e triciclo para transportar os produtos até os barcos que vão a Santarém (PA).

Essas alternativas sustentáveis de energia e transporte foram encontradas pelos moradores de Surucuá para ampliar a produção de derivados das frutas e de mandioca e a comercialização dos produtos, diante das condições naturais da região. Os moradores das Reservas Extrativistas Tapajós e Arapiuns têm o rio Tapajós como única porta de entrada. Saindo de Santarém, são, em média, seis horas de viagem de barco até lá.

Em convênio firmado com a Fundação Banco do Brasil (FBB), a Associação Comunitária de Moradores Produtores Agroextrativistas de Surucuá (Amprosurt) vai envolver 40 famílias que vivem na reserva. O objetivo é gerar oportunidade de renda para os participantes, principalmente mulheres e jovens. A gestora do projeto, Mayá Schwade, afirma que com o beneficiamento “melhora a apresentação dos produtos, através do uso dos equipamentos, e agrega valor à produção, possibilitando um melhor preço de venda”.

A farinha de mandioca é o primeiro produto que vem sendo beneficiado. Após capacitação, as famílias passaram a seguir padrões de higiene e qualidade na produção e com o ensacamento na agroindústria puderam aumentar o valor de venda de R$ 2 para R$ 3,50 o quilo. Atualmente, 14 famílias produzem cerca de 100 quilos por semana.

“A gente agora consegue vender melhor o produto da gente. Antes trabalhava mais e era menos renda”, afirma Cristiane Almeida, que também trabalha com o marido na produção. Em breve, a comunidade receberá mais equipamentos para beneficiar outros frutos, como maracujá, manga, murici, goiaba, acerola, caju, açaí, coco e cupuaçu.

Outra associada, Eloisa Sousa de Castro, também produz com o marido. Ela explica que o grupo de participantes vai comprar frutas e farinha de mandioca com outras famílias da comunidade, sendo esta uma forma de garantir a matéria-prima para produção e de gerar renda para mais gente. “O nosso projeto é principalmente para fortalecer a renda da comunidade. Os que não estão envolvidos na agroindústria vão fazer um preço mais baixo e em troca terão um preço melhor nos produtos beneficiados”.

As moradoras afirmam que a união para realizar o trabalho trouxe mais confiança e motivação para todos. “Tenho certeza de que todas as mulheres que estão no grupo estão mais confiantes”, disse Eloisa. “Estamos muito empenhadas e unidas e assim a coisa anda”, declarou a participante Maria Assunção Araújo.

Parceria para o desenvolvimento
O projeto na comunidade de Surucuá é um dos 23 habilitados no edital do Ecoforte Extrativismo, realizado em 2017. O edital apoia empreendimentos coletivos nas fases de produção, beneficiamento ou comercialização de produtos extraídos por meio de práticas sustentáveis na floresta. O investimento social é de R$ 8 milhões, da Fundação Banco do Brasil e do Fundo Amazônia, gerido pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).

Com recursos da Parceria Fundo Amazônia, o Ecoforte Extrativismo contribui para o cumprimento do Objetivo do Desenvolvimento Sustentável: “Fortalecer os meios de implementação e revitalizar a parceria global para o desenvolvimento sustentável”.

 

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Aquisição do veículo está prevista no projeto “Quitanda sobre Rodas”, que beneficiará 140 produtoras familiares de Cataguases

Brevemente, o tradicional Café Rural produzido por agricultoras familiares de Cataguases (320 Km de Belo Horizonte), em Minas Gerais, ganhará ruas e eventos locais com o food truck que a Associação de Mulheres Rurais de Cataguases (AMURC) está adquirindo com apoio da Fundação Banco do Brasil. Orçado em R$ 298 mil, o projeto “Quitanda sobre Rodas” também possibilitará a estruturação de uma cozinha industrial e equipamentos para o box que a entidade mantém no Mercado do Produtor.

Maria Inês Oliveira Rocha, vice-presidente da AMURC, afirma que a execução do projeto impactará positivamente cerca de 140 famílias de pequenas produtoras em nove comunidades. Atualmente, a renda obtida com a comercialização dos produtos gera um incremento médio de 30% na renda familiar das associadas, calcula.

Produzidas com matéria-prima orgânica, as broas, biscoitos, bolos e o pastel de angu, entre outras quitandas, já foram reconhecidas por consultores da Associação das Cidades Histórias de Minas Gerais (ACHMG) como histórica e culturalmente autênticas, passando a compor o roteiro turístico da região. Além dos itens do Café Rural, as produtoras comercializam compotas, doces em barra e cristalizados, geleias, polpadas (espécie de doce de colher utilizado como sobremesa, recheio de bolos e acompanhamento de biscoitos) e licores, entre outros itens culinários produzidos com mão-de-obra familiar.

Atualmente, os alimentos são feitos nas cozinhas das produtoras e transportados em carros fretados, sem nenhuma estrutura para tal. Marlene Aparecida do Carmo Soares comercializa o Café Rural para eventos há cerca de 15 anos, junto com a amiga Vanderli Docelino Moisés. Moradora da comunidade da Glória, ela aposta na iniciativa para aumentar o lucro e facilitar o transporte até os locais dos eventos. “Hoje a gente paga até R$ 130 de frete, sem falar que os carros não são próprios para isso. Com esse food truck, a gente espera melhorar o ganho, a produção e a qualidade de vida”.

A divulgação deste projeto está relacionada aos seguintes Objetivos do Desenvolvimento Sustentável - ODS:

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Iniciativa em Arinos, região Noroeste de Minas Gerais, oferece opções para atuar em hortas comunitárias, apicultura, plantio e processamento de baru, produção de fungicidas e repelentes biológicos

Warllei Oliveira tem 26 anos e um futuro promissor à frente. Técnico agrícola, o morador de Arinos (MG) é visto na região como referência na organização e mobilização das famílias para o manejo correto do extrativismo do baru, fruto típico do cerrado.

Entre 2016 e 2017, ele e outros 29 jovens de 15 a 26 anos receberam incentivo do projeto Juventude Rural para atuar em atividades que estimulassem a permanência do jovem no campo, com melhoria da renda, por meio da diversificação de empreendimentos econômicos voltados à agricultura familiar e de base agroecológica. Os participantes são filhos de agricultores familiares dos municípios de Arinos, Uruana de Minas e Riachinho, região do Urucuia Grande Sertão, no Noroeste de Minas, e estudantes do Instituto Federal Norte de Minas (IFNM) Campus Arinos, com vocação para o trabalho rural. O IFNM colaborou na implantação do projeto e no acompanhamento das atividades produtivas, com auxílio de professores nas atividades de formação, pesquisa e extensão.

O projeto é realizado pela Cooperativa de Agricultura Familiar Sustentável com Base na Economia Solidária (Copabase), em parceria com a Fundação Banco do Brasil, que investiu R$ 200 mil na implantação de cinco hortas comunitárias, uma unidade de processamento de baru e um núcleo de produção de fungicidas e repelentes biológicos. O recurso foi investido também na compra de equipamentos e insumos para uma unidade de produção de mel.

Na oportunidade oferecida pelo projeto, Warllei percebeu uma chance de crescer profissionalmente, assim como melhorar a vida da sua família e daqueles que estavam à sua volta. "Quando a Copabase nos ofereceu a chance de trabalhar no projeto, não tive dúvidas na escolha do baru, porque já tinha uma familiaridade com a cadeia produtiva. Logo em seguida, formei um grupo com seis famílias e me associei à cooperativa”, disse. 

Após ingressar na iniciativa, o jovem mineiro contabilizou conquistas pessoais e coletivas. Ajudou a Copabase a aumentar o número de jovens cooperados de 6 para 30 e, com isso, melhorar os resultados em todas as atividades. Em 2017, a cooperativa coletou e comercializou 94 mil quilos de baru, vendidos para os Estados Unidos. A produção de castanha de baru ficou em 10 toneladas, sendo que 80% foram comercializadas para indústrias de alimentos orgânicos da cidade de São Paulo e os 20% restantes passaram por beneficiamento no galpão da cooperativa e vendidas em eventos, feiras e para consumidores finais.

Warllei conta com orgulho que o projeto lhe abriu um leque de possibilidades, com os cursos e capacitações. Ele conseguiu comprar uma chácara de 2 hectares, distante 3 quilômetros da cidade, onde já plantou 160 pés de baru e outras culturas. “Já colhi maracujá e mandioca na minha propriedade. O próximo passo é construir uma casa para tirar meus pais do aluguel”, concluiu.  

Parceria de sucesso
Com quase dez anos de existência, a Cooperativa da Agricultura Familiar com Base na Economia Solidaria – COPABASE já executou mais de 25 convênios em parceria com a Fundação Banco do Brasil, com o objetivo de melhorar a vida das famílias. A entidade é constituída por cooperados que são, a maioria, agricultores familiares dos municípios da região do Vale do Rio Urucuia: Arinos, Bonfinópolis, Buritis, Chapada Gaúcha, Formoso, Pintópolis, Riachinho, Urucuia e Uruana de Minas. As atividades consistem principalmente em administrar e gerenciar o funcionamento das unidades de processamento de mel e frutas, além de comercialização e organização da produção de polpas de frutas, mel, baru, óleo de pequi, açúcar mascavo, farinha de mandioca e outros produtos da agricultura familiar. 

Juventude Rural
O Juventude Rural surgiu para apoiar projetos de cooperativas e associações que buscam estruturar empreendimentos econômicos de grupos de jovens rurais de 15 a 29 anos. Com a parceira do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), foram investidos R$ 8 milhões em projetos que estimulem o protagonismo dos jovens do campo, que fortaleçam práticas sustentáveis de cultivo agroecológico e uso da sociobiodiversidade. Ao todo, foram apoiados 48 projetos  em todo país, selecionados via edital.

A divulgação deste assunto contempla quatro Objetivos do Desenvolvimento Sustentável, que fazem parte da Agenda da Organização das Nações Unidas com metas para o ano 2030.

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