Quarta, 30 Janeiro 2019 08:44

Parceria em nome da saúde e bem-estar Destaque

Escrito por Dalva de Oliveira
Avalie este item
(1 Votar)

Projeto recebeu investimento social da Fundação BB para ampliar e estruturar a sede da Instituição, adquirir máquinas, equipamentos e insumos e capacitar associados

Investimento social da Fundação BB garante reformas em espaço de acolhimento para pessoas soropositivas em Minas Gerais
Foi com o objetivo de assegurar um atendimento digno e garantir melhores condições de vida às pessoas soropositivas (portadoras de HIV, o vírus da Aids) que o Grupo Solidariedade, de Minas Gerais, foi criado. Há 30 anos a entidade, localizada em Belo Horizonte, oferece apoio assistencial, psicológico e espiritual às pessoas e desenvolve ações de acompanhamento, orientação e prevenção junto à população; promovendo uma política de saúde compatível com os direitos humanos em parceria com outros grupos sociais.

A Aids ainda não tem cura, mas as pessoas que têm o vírus podem viver bem, se tiverem os cuidados necessários. Atualmente, 75% das pessoas que vivem com o vírus conhecem seu estado sorológico, de acordo com o Programa Conjunto das Nações Unidas sobre HIV/Aids (Unaids). A meta da ONU é garantir que até 2020 esse número chegue a 90%, e desses, pelo menos 90% dessas pessoas recebam tratamento e entre os que recebem tratamento, 90% tornem indectáveis – estado em que a pessoa não transmite o vírus e consegue manter qualidade de vida sem manifestar os sintomas da doença.

Em fevereiro de 2018 o Grupo Solidariedade firmou parceria com a Fundação Banco do Brasil para ampliar e estruturar a sede da Instituição, que fica no bairro Bonfim. O investimento social de R$ 250 mil foi usado também na aquisição de máquinas, equipamentos e insumos e na capacitação dos associados, visando inclusão social e a geração de renda.

A entidade desenvolve uma série de ações - oficinas educativas, atendimento psicológico individual, oficina de artesanato, atendimento fonoaudiólogo, salas de conversas, grupo de autoajuda, alfabetização para adultos e reforço escolar, oficinas terapêuticas, visitas domiciliares e distribuição de cestas básicas para os mais necessitados. Cerca de 120 pessoas com idades entre 35 e 75 anos passam pela instituição todos os meses. Além dessas, muitas outras que passam apenas para pegar insumos como preservativos, por exemplo.

Há mais de 20 anos, Maria Lúcia Antônio é voluntária no projeto. A psicóloga fala da importância do apoio que o grupo dá a comunidade e na prevenção da doença. “Hoje em dia a pessoa com Aids tem uma qualidade de vida melhor, comparando-se com anos anteriores. Mesmo assim, ela chega precisando de apoio psicológico e meios para levar uma vida normal. Após algum tempo, percebemos claramente a mudança. E os relatos de todos que passam por aqui são de que se sentem mais valorizados e com a autoestima melhor. Eles passam a ter mais esperança. Se sentem úteis e socialmente integrados”.

Na lista de 45 voluntários do projeto tem psicólogos, filósofos, teólogos, médicos, especialistas em recursos humanos e desenvolvimento de projetos, gestão de saúde, assistentes sociais, religiosos e palestrantes.

A fonoaudióloga Sueli Maria do Nascimento explica que desde 2012 o projeto funcionava em um espaço pequeno, com cômodos minúsculos, sem conforto e ventilação, e que precisava desse apoio para atender bem a comunidade. “A nossa contrapartida é o atendimento de qualidade e os cursos que ofertamos. Os pacientes estão super encantados com a reforma. Eles perceberam que são acolhidos com o investimento e mesmo no período da reforma, com poeira e bagunça eles não deixaram de frequentar a casa”.

Sobre a Aids

Contrair o vírus HIV não é a mesma coisa que ter Aids. Há muitas pessoas soropositivas que vivem por anos sem apresentar sintomas e sem desenvolver a doença. Mas podem transmitir o vírus para outras pessoas por meio de relações sexuais desprotegidas, pelo compartilhamento de seringas contaminadas ou de mãe para filho, durante a gravidez e a amamentação, quando não tomam as devidas medidas de prevenção. Por isso, é sempre importante fazer o teste e se proteger em todas as situações.

Em 2017, estima-se que:

-  36,9 milhões [31,1 milhões – 43,9 milhões] de pessoas em todo o mundo vivendo com HIV;

- 21,7 milhões [19,1 milhões – 22,6 milhões] de pessoas com acesso à terapia antirretroviral;

- 1,8 milhão [1,4 milhão – 2,4 milhões] de novas infecções por HIV;

- 940.000 [670.000 – 1,3 milhão] de mortes por doenças relacionadas à Aids.

Ler 24541 vezes Última modificação em Quarta, 30 Janeiro 2019 13:55

Deixe um comentário

Certifique-se de preencher os campos indicados com (*). Não é permitido código HTML.