Terça, 16 Agosto 2016 16:22

'Formar cidadãos' é objetivo de projeto que classificou atleta no badminton na Rio2016 Destaque

Escrito por Paula Crepaldi
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'Formar cidadãos' é objetivo de projeto que classificou atleta no badminton na Rio2016 Divulgação

Primeiro brasileiro a disputar uma Olimpíada na modalidade treina na Associação Miratus, que atende cerca de 220 pessoas em diversas atividades

O primeiro atleta brasileiro a disputar uma Olimpíada no badminton foi o carioca Ygor Coelho, de 19 anos. Ygor é um dos cerca de 80 atletas de alto rendimento da Associação Miratus de Badminton, na comunidade Chacrinha, Zona Oeste da capital fluminense.

Atualmente, além da modalidade, a entidade oferece diversas atividades a cerca de 220 pessoas de 6 a 20 anos, como aulas de fotografia e informática na Estação Digital, que foi montada com recursos da Fundação Banco do Brasil. O projeto pedagógico inclui também reforço escolar em matemática, português e inglês e aulas de música, artes, desenho, pintura, teatro e gastronomia.

Mesmo sem chegar ao pódio, Ygor é considerado vitorioso na comunidade e na associação. Sebastião Dias de Oliveira, pai do atleta, idealizador da Miratus e atual diretor técnico da entidade, acredita que a participação na Olimpíada serve de exemplo e esperança para as crianças nas comunidades. "Significa o ponto alto do nosso projeto. O Ygor passa a ser uma referência para todas as comunidades do Rio de Janeiro e do Brasil - que as crianças possam se inspirar nele para chegar aonde chegou".

"Nem todos vão chegar no alto rendimento. Não queremos formar atletas, queremos, acima de tudo, formar cidadãos", declarou o diretor administrativo da Miratus, José Ricardo Ramos.

Apesar de não ser o objetivo principal, as conquistas de títulos no badminton são inúmeras. Até hoje, os atletas da entidade ganharam 34 títulos sul-americanos, 23 pan-americanos juniores e três europeus. Nesta Olímpiada também foi a primeira vez que uma brasileira competiu no badminton - a atleta Lohaynny Vicente – e ela já foi aluna na Miratus.

Com o reconhecimento atingido nos Jogos Olímpicos do Rio 2016, os diretores esperam conseguir mais recursos para manter o projeto pedagógico. "Temos um projeto de R$ 1,2 milhão aprovado no Ministério do Esporte e vamos captar recursos junto às empresas", explicou Oliveira.

Ler 25747 vezes Última modificação em Quinta, 08 Setembro 2016 16:05

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