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Agricultura familiar conquista espaço de comercialização na capital gaúcha
Empreendimento dispõe de alimentos e produtos orgânicos e gera renda para as famílias de mulheres agricultoras
O Armazém GiraSol do projeto “Mulheres Rurais em Rede: Agroecologia, Autonomia Econômica e Autogestão Solidária” foi inaugurado na quarta-feira (05) no Bairro Santana, em Porto Alegre (RS). O espaço de comercialização é fruto da parceria entre a Fundação Banco do Brasil, a ONU Mulheres e a Cooperativa de Comércio Justo e Consumo Consciente – GiraSol que, em 2019, assinaram um convênio para beneficiar agricultoras familiares, assentadas da reforma agrária e quilombolas do Rio Grande do Sul, Paraná e Rio de Janeiro.
Com o investimento social de R$ 849,4 mil, o armazém vai atender 18 empreendimentos femininos em 14 municípios - Maricá (RJ), Magé (RJ), Teresópolis (RJ), Mallet (PR), Inácio Martins (PR), Pitanga (PR), Porto Alegre (RS), Portão (RS), Gravataí (RS), Viamão (RS), Terra de Areia (RS), Torres (RS), Mostardas (RS) e Piratini (RS) – que fazem parte da Rede de Economia Solidária e Feminista (Resf).
Quem visita o espaço encontra geleias, molhos de tomate, farinhas em geral, chás, pastas, grande variedade de grãos, chips de banana, biscoitos, doces, bebidas, derivados de leite e biocosméticos, cultivados sem o uso de agrotóxicos
O local dispõe também de uma cafeteria com lanches e refeições saudáveis, além da promoção de atividades culturais, debates sobre temas da sociedade contemporânea, rodas de conversa e eventos sobre gastronomia, agricultura familiar, sustentabilidade, economia solidária e empoderamento feminino.
De acordo com Tanara Lucas, coordenadora executiva do projeto e responsável pelo armazém, todos estão muito felizes. “O público em geral está estão gostando muito e quando fica sabendo quem são os beneficiados pelo projeto fica ainda mais encantado. O que é mais incrível é que a iniciativa dá a oportunidade das pessoas continuarem fazendo o que sempre fizeram, mas agora de forma organizada. Todos estão mais confiantes e se sentindo mais valorizados, porque trabalham sabendo que têm onde vender seus produtos. E esse é o objetivo, ajudar a esses empreendimentos a gerar renda para as famílias e principalmente valorizar a mão de obra feminina”, declarou.
Serviço:
Armazém GiraSol
Endereço: Avenida Venâncio Aires, 757, Bairro Santana – Porto Alegre (RS)
Horário de funcionamento: De segunda-feira a sábado, das 9h às 19h
Food truck impulsionará comercialização de quitandas no interior de Minas Gerais
Aquisição do veículo está prevista no projeto “Quitanda sobre Rodas”, que beneficiará 140 produtoras familiares de Cataguases
Brevemente, o tradicional Café Rural produzido por agricultoras familiares de Cataguases (320 Km de Belo Horizonte), em Minas Gerais, ganhará ruas e eventos locais com o food truck que a Associação de Mulheres Rurais de Cataguases (AMURC) está adquirindo com apoio da Fundação Banco do Brasil. Orçado em R$ 298 mil, o projeto “Quitanda sobre Rodas” também possibilitará a estruturação de uma cozinha industrial e equipamentos para o box que a entidade mantém no Mercado do Produtor.
Maria Inês Oliveira Rocha, vice-presidente da AMURC, afirma que a execução do projeto impactará positivamente cerca de 140 famílias de pequenas produtoras em nove comunidades. Atualmente, a renda obtida com a comercialização dos produtos gera um incremento médio de 30% na renda familiar das associadas, calcula.
Produzidas com matéria-prima orgânica, as broas, biscoitos, bolos e o pastel de angu, entre outras quitandas, já foram reconhecidas por consultores da Associação das Cidades Histórias de Minas Gerais (ACHMG) como histórica e culturalmente autênticas, passando a compor o roteiro turístico da região. Além dos itens do Café Rural, as produtoras comercializam compotas, doces em barra e cristalizados, geleias, polpadas (espécie de doce de colher utilizado como sobremesa, recheio de bolos e acompanhamento de biscoitos) e licores, entre outros itens culinários produzidos com mão-de-obra familiar.
Atualmente, os alimentos são feitos nas cozinhas das produtoras e transportados em carros fretados, sem nenhuma estrutura para tal. Marlene Aparecida do Carmo Soares comercializa o Café Rural para eventos há cerca de 15 anos, junto com a amiga Vanderli Docelino Moisés. Moradora da comunidade da Glória, ela aposta na iniciativa para aumentar o lucro e facilitar o transporte até os locais dos eventos. “Hoje a gente paga até R$ 130 de frete, sem falar que os carros não são próprios para isso. Com esse food truck, a gente espera melhorar o ganho, a produção e a qualidade de vida”.
A divulgação deste projeto está relacionada aos seguintes Objetivos do Desenvolvimento Sustentável - ODS: