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Fundação assina parceria de R$ 3 milhões
Iniciativa promove educação, meio ambiente e geração de renda para 2500 pessoas
A Fundação Banco do Brasil assinou parceria com a Petrorecôncavo e AVSI Brasil para a ampliação do Programa socioambiental Viva Sabiá, que contempla pilares em educação, meio ambiente e geração de renda no Rio Grande do Norte. O Programa Viva Sabiá, lançado pela PetroReconcavo juntamente com a AVSI Brasil, foi criado em 2021 a partir de um diagnóstico participativo com comunidades rurais no entorno do Ativo Potiguar – região de abrangência da empresa petrolífera, que buscou entender as necessidades locais.
Viva Sabiá
2022/2023
Investimento social: R$ 3 milhões
Objetivo: mais biodiversidade, geração de renda e qualidade de vida e menos insegurança alimentar
Cisternas de 16 mil litros, ampliação dos sistemas AQUALUZ e o de Reuso de Águas Cinzas domésticas (das pias, tanques e chuveiro), para a agricultura – Bioágua Familiar;
Assistência técnica agroecológica e empreendedorismo
Educação Ambiental para Convivência com o Semiárido
Apoio a uma unidade produtiva agroecológica
Aumento de 960 mil litros de água para o consumo doméstico
Público: 450 crianças e adultos, 2000 alunos e 30 educadores
Municípios: Governador Dix-Sept Rosado, Caraúbas, Upanema e Açu.
“Mobilizamos parceiros investidores, com a PetroReconcavo e parceiros executores, como a AVSI Brasil, que, assim como a Fundação BB , tenham compromisso com as comunidades e com o desenvolvimento socioambiental do país”, destaca Elisângela Zilli presidente da Fundação Banco do Brasil. Neste projeto são utilizadas tecnologias sociais certificadas pela Fundação BB, levando soluções e impactos positivos a localidades do semiárido do Rio Grande do Norte como o acesso à água, plantios agroecológicos e educação ambiental. “São parcerias como estas que nos permitem, cada vez mais, transformar realidades”, complementa.
2021
Petrorecôncavo e AVSI Brasil
Diagnóstico participativo com comunidades rurais
Atividades iniciais: acesso à água, educação ambiental
Entregas: sistema de purificação de água – Aqualuz, cisternas, poço artesiano
Público: 1000 pessoas
Comunidades atendidas: Monte Alegre 1, Monte Alegre 2, Lajes e Livramento e Olho d’agua da Onça
De acordo com o presidente da PetroReconcavo – Marcelo Magalhães, mesmo com um território de solo fértil e cultura agrícola, as comunidades possuem pouco acesso à água para o consumo humano e doméstico e às tecnologias e assistência técnica de fomento à produção. “Estamos muito felizes em trabalhar em conjunto com a Fundação Banco do Brasil, de forma a melhorar a qualidade de vida das comunidades no entorno de nossas operações. Tenho certeza de que esse é mais um grande passo da Companhia no apoio às regiões onde se concentram baixos IDHs (Índices de Desenvolvimento Humano). Importante destacar que o projeto contribui com 10 dos 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da Organização das Nações Unidas (ONU)”, afirma Magalhães.
Para o diretor-presidente da AVSI Brasil - Fabrizio Pellicelli, as parcerias multisetoriais são fundamentais para o desenvolvimento sustentável. “Estes acordos permitem que cada ator disponibilize seus melhores recursos para um bem comum. O Programa Viva Sabiá possibilita esta aliança, integrada ao forte protagonismo das comunidades", afirmou Pellicelli.
Tecnologias sociais favorecem autonomia de mulheres em Sergipe
Projeto beneficia agricultoras na região do Polígono das Secas, com capacitações para o uso de cisternas e biogás
Resolver as desigualdades de gênero requer políticas públicas e outras iniciativas que garantam autonomia financeira às mulheres. Esse, aliás, é o Objetivo de Desenvolvimento Sustentável (ODS) 5 da Organização das Nações Unidas (ONU): alcançar a igualdade de gênero e empoderar todas as mulheres e meninas no mundo inteiro até 2030. No Brasil, uma dessas iniciativas tem começado a gerar resultados para agricultoras do sertão Sergipano.
O projeto Mulheres em Movimento está sendo realizado no município de Simão Dias, na região do Polígono das Secas, um dos mais pobres do país. Quase metade da população de 40 mil pessoas vive com uma renda mensal de meio salário mínimo (equivalente a R$ 477 ou R$ 15,90 por dia). A vida é ainda mais difícil para as mulheres, que além das limitações materiais lidam com a dominação masculina.
Realizado pela Sociedade de Apoio Sócio Ambientalista e Cultural (Sasac) com apoio da Fundação Banco do Brasil, o projeto consistiu na reaplicação de três tecnologias sociais em pequenas propriedades rurais familiares: Biodigestor para produção de gás natural a partir de esterco animal, Cisternas de Placas para consumo e Cisternas Calçadão para produção de alimentos. Ao mesmo tempo, qualificou 30 agricultoras para atuarem como protagonistas na resolução de problemas cotidianos.
Iniciada no primeiro semestre deste ano, a ação já rende frutos. “Vou poder criar minhas ovelhas, que é um sonho antigo. Daqui pra frente é só prosperar”, declara Elenice Batista dos Santos (44 anos).
Elenice acompanhou a construção de uma cisterna de produção no seu pequeno sítio. Concluído no início deste mês, o reservatório já começa a acumular a água da chuva. Com o abastecimento, Elenice pretende ampliar o cultivo de frutas e hortaliças para melhorar alimentação da família, além de poder vender o excedente para gerar renda. “Meu marido é vaqueiro, empregado de fazenda. O que ele ganha é só pra gente comer”, explica.
Atualmente, o quintal dela tem cultivo bem diversificado, no entanto, a produção nem sempre se dá no volume esperado por causa da seca. “Aqui no meu sítio plano coentro, couve, alecrim, fava, feijão de corda, batata doce, cebola, manga, abacate, macaxeira, pinha, tamarindo, mamão e goiaba, mas é mais pra gente de casa mesmo. E quando não chove não dá. Com essa cisterna já estou vendo a possibilidade de montar minha barraquinha na feira junto com outras vizinhas aqui da região”.
Elenice também ressalta a importância do projeto focar no empoderamento das mulheres. “A gente sabe das dificuldades da família, enfrenta tudo com a mesma garra dos homens, então merecemos aprender a fazer nossas próprias melhorias e não ficar somente esperando pelo marido. Aliás, agora eles até olham a gente diferente, com mais respeito”, conta.
Joelma Tavares Santos, presidenta da Sasac, explica que a ideia do projeto nasceu da vontade de realizar ações capazes de fortalecer a autonomia feminina. “Aqui ainda existe uma cultura muito enraizada de que o homem é a cabeça da família. Mesmo conscientizando, realizando uma caminhada contra a violência todo ano, muitas mulheres continuam amedrontadas em casa, por isso começamos a pensar em como empoderá-las e assim desenhamos o Mulheres em Movimento”.
Terezinha Maria de Jesus, outra participante do projeto, lembra que muitas vezes as mulheres não podem procurar emprego porque têm filhos pequenos ou porque moram distante. “Com um projeto desses, muitas passam a ter condição de trabalhar em casa mesmo, com o que já produz e aproveitando muita coisa da propriedade, porque o ganho dos maridos é mais pra botar comida na mesa”, reflete.
Dona Terezinha, como é conhecida a agricultora de 64 anos, vive na comunidade quilombola de Sítio Alto e foi contemplada com um biodigestor que começou a funcionar no início do mês. Entre seus objetivos está o de comercializar doces junto com a filha. Com o biogás, a produção terá o custo reduzido.
O biodigestor instalado no sítio de dona Terezinha aproveita as fezes dos animais para produzir biogás, mantendo o curral limpo e evitando a emissão do gás metano na atmosfera, o que contribui para evitar efeito estufa e mantém a sanidade animal. Além disso, permite à família cortar despesas com o botijão de gás metano ou outro tipo de combustível para cozinhar alimentos.
Tecnologias sociais
O Banco de Tecnologias Sociais (http://tecnologiasocial.fbb.org.br/tecnologiasocial/principal.htm) da Fundação BB tem várias soluções certificadas com viés de gênero. São iniciativas que procuram empoderar mulheres a partir de várias perspectivas, como educação, trabalho e renda e agroecologia, entre outras. Além das tecnologias sociais, inúmeros projetos apoiados pela Fundação BB visam promover o protagonismo feminino a partir da capacitação para geração de renda.
Igualdade de Gênero é o Objetivo de Desenvolvimento Sustentável (ODS) de número 5. No total são 17 ODS e 169 metas que estimulam ações até o ano de 2030 em áreas de importância crucial para a humanidade e para o planeta.