Iniciativa trabalha formação agroecológica de jovens na região metropolitana do Rio de Janeiro
O encontro entre os saberes tradicionais, a ancestralidade e a sociedade contemporânea é o resultado do projeto social "Medicina Tradicional africana e os povos pindorâmicos". Uma parceria entre a Fundação Banco do Brasil e o Instituto Horus, que une o voluntariado, a consciência negra e a educação para o futuro. As atividades na área de agroecologia e palestras sobre ancestralidade e culturas tradicionais, como jardinagem, paisagismo, agricultura orgânica e medicina tradicional africana, são realizadas com crianças e jovens de 12 a 21 anos que cumprem medidas socioeducativas.
Iniciativa trabalha com a formação e reinserção social de jovens internos em instituição do governo do Rio de Janeiro. O projeto apresenta resultados importantes por se tratar de um público vulnerabilizado de famílias desestruturadas, em um contexto social de elevados índices de violência contra jovens negros de regiões periféricas no Brasil. O projeto busca portanto proporcionar um trabalho de formação profissional, conscientização sobre a questão da ancestralidade africana e a melhoria no comportamento e a consequente reinserção na sociedade.
O Instituto Horus, também chamado de Instituto Hoju, é presidido pela pesquisadora e empreendedora social Érica Portilho e dirigido por mulheres negras do morro da Mangueira e de outras comunidades do Rio de Janeiro. O resgate e a difusão da cultura dos povos pindorâmicos e dos povos africanos “É um causa ecossistêmica, muito propícia ao momento em que estamos passando, para restituir a terra, transformar uma terra não produtiva em produtiva, entender a terra como mãe, resgatar valores ancestrais, éticos e morais”, explica.
As atividades educativas, workshops e encontros acontecem no Rio de Janeiro e também em outras localidades do estado fluminense como Guapimirim, Magé, Parati, Seropédica e Teresópolis. Com estas ações itinerantes a parceria já conseguiu alcançar um público de 700 pessoas.
Resultados
Érica destacou exemplos de muitos jovens que estão conseguindo a revisão das medidas a partir do acompanhamento do corpo técnico, formado por antropólogos, assistentes sociais, psicólogos e psicopedagogos. “Três jovens de Saquarema, Rio das Ostras e Itaboraí voltaram para casa e implementaram as hortas orgânicas. Estamos realizando com eles mentoria, modelagem e preparo técnico para a correta reaplicação da iniciativa”, afirmou Érica.
Curtiu o projeto? Conheça mais em institutohoju.org.br
Para conhecer outras iniciativas apoiadas pela Fundação BB, acompanhe nossas redes sociais: