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Hortas pedagógicas despertam consciência ambiental em crianças de São Paulo
Projeto com apoio da Fundação BB atenderá cerca de 14 mil alunos da rede municipal de ensino de São Paulo
Crianças de seis meses a 3 anos de idade já estão aprendendo sobre a importância das plantas e dos animais. O projeto Hortas Pedagógicas, com apoio da Fundação Banco do Brasil, tem envolvido professores e pedagogos da rede municipal de ensino de São Paulo na implantação de hortas pedagógicas da primeira infância até a adolescência.
A iniciativa é realizada em parceria com a Associação Paulista dos Gestores Ambientais (Apgam) e recebeu o investimento social de R$ 381 mil da Fundação BB. Ao todo, 200 escolas municipais de ensino infantil e fundamental estão participando em todas as regiões administrativas da cidade, envolvendo cerca de 14 mil alunos. O objetivo é propiciar a adoção de hábitos saudáveis, a responsabilidade com o consumo consciente e a redução e descarte adequado dos resíduos.
"A gente tem falado que os animais são seres vivos e que a gente precisa cuidar. Vamos explicando de maneira didática, mostrando para eles entenderem", explica a professora Andreia Martins. Ela atua no Centro Educacional Infantil Helena Pereira de Moraes, no Jardim Helena, Zona Leste de São Paulo. Na escola, o plantio de verduras e legumes tem a participação de quase a metade dos 125 alunos, além de professores e pessoas da comunidade.
Para implantar as hortas, 600 profissionais – três por escola - recebem treinamento e acompanhamento técnico. Após a capacitação, eles mobilizam os alunos na construção dos canteiros, no plantio de hortaliças, como alface, rúcula, salsa e couve, e de legumes, como cenoura, pepino, tomate, abobrinha, beterraba e rabanete. A produção de adubo também faz parte do trabalho, por meio do reaproveitamento do lixo orgânico gerado na escola com o processo de compostagem, realizado em um minhocário que recebe os restos de resíduos orgânicos misturados a folhas e galhos de plantas, agrupados em pallets.
A Horta Pedagógica passou a fazer parte do currículo das escolas, tornando o aprendizado integrado aos outros assuntos e disciplinas. "A gente transforma a horta em mais uma sala de aula. Podemos falar de biodiversidade e responsabilidade ambiental. Vai além de produzir alface, abobrinha e rúcula, o produto final é propiciar, mesmo nessa tenra idade, níveis altos de consciência", explica empolgado o diretor da escola municipal Compositor Silvio Caldas, Geneildo Valença.
A maior parte dos canteiros está na fase de crescimento das plantas. As atividades previstas na etapa da colheita, no segundo semestre, incluem rodas de conversa com alunos e pais para falar sobre a importância da alimentação saudável.
A divulgação deste prêmio contempla dois Objetivos do Desenvolvimento Sustentável, que fazem parte da Agenda da Organização das Nações Unidas com metas para o ano de 2030.