A agricultura orgânica de base agroecológica é cada vez mais reconhecida como modelo capaz de responder aos desafios de produzir alimentos saudáveis e de promover a soberania alimentar, ao mesmo tempo em que valoriza o trabalho das populações rurais e conserva os recursos naturais.
A Fundação Banco do Brasil apoia a reaplicação da tecnologia social Produção Agroecológica Integrada e Sustentável (PAIS) com investimentos sociais que possibilitam aos agricultores familiares ampliar a variedade de suas hortas, o que contribui para uma alimentação saudável, evita desgastes no solo e possibilita a comercialização de produtos excedentes no mercado.
Além disso, a produção não utiliza agrotóxicos, o sistema produtivo é composto de canteiros circulares com uma estrutura central utilizada como galinheiro é associado à irrigação por gotejamento, evitando o desperdício de água.
Desde 2005, quando a FBB passou a estimular com mais ênfase a reaplicação da tecnologia social PAIS com o apoio de recursos não reembolsáveis do BNDES, o investimento social foi de R$ 98,5 milhões, sendo R$ 46,5 milhões de recursos da FBB e R$ 52 milhões do BNDES. Foram implantadas aproximadamente 11,6 mil unidades de PAIS atendendo 46,5 mil agricultores familiares no período. Somente em 2013, foram apoiados convênios para implantação de 886 novos PAIS em propriedades rurais de agricultores familiares, com investimentos sociais de R$ 11,2 milhões.
Em 2013, o governo federal lançou o Plano Nacional de Agroecologia e Produção Orgânica (Planapo), o Brasil Agroecológico, com o objetivo de unir políticas e ações de incentivo ao cultivo e consumo de alimentos orgânicos e de base agroecológica. O Planapo também busca integrar a produção agroecológica com outros programas de incentivo à comercialização de produtos da agricultura familiar, como o Pronaf (Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar), PAA (Programa de Aquisição de Alimentos) e o PNAE (Programa Nacional de Alimentação Escolar).
A Fundação Banco do Brasil, em conjunto com outros parceiros, assinou em outubro de 2013 o Acordo de Cooperação Técnica que instituiu o Programa Ecoforte, que integra o Planapo e visa o fortalecimento e a ampliação das redes, cooperativas e organizações socioprodutivas e econômicas de agroecologia, extrativismo e produção orgânica.
O investimento social no Ecoforte foi possível com o diálogo e articulação com órgãos do governo e movimentos sociais do campo, valorizando conhecimentos tradicionais e as diversas tecnologias sociais que viabilizam a agricultura de base agroecológica em comunidades rurais.