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Oportunidade tem aporte total de até R$ 100 milhões para projetos territoriais de redes de agroecologia, extrativismo e produção orgânica

O edital Ecoforte, iniciativa da Fundação Banco do Brasil e do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), está com inscrições prorrogadas até 7 de outubro. Serão destinados até R$ 100 milhões para instituições empenhadas em promover sistemas produtivos mais saudáveis e sustentáveis. Deste total até R$ 50 milhões serão aportados pela Fundação Banco do Brasil e até R$ 50 milhões pelo BNDES. A chamada pública integra o direcionamento estratégico nacional para o desenvolvimento sustentável por meio do combate à fome, à pobreza e redução das desigualdades.  

As inscrições são realizadas no endereço: https://ecoforte.fbb.org.br

Atenção participante: Fundação Banco do Brasil realizou nesta quarta-feira (4) Oficina Ecoforte no canal da instituição no YouTube. Os representantes das instituições interessadas em participar no edital poderão acompanhar no vídeo (disponível no YouTube) orientações para o  atendimento aos requisitos gerais, documentação obrigatória e elaboração das propostas. Oficina disponível no link: https://www.youtube.com/watch?v=8XAgClim8vg

O Ecoforte – programa de fortalecimento e ampliação das redes de agroecologia, extrativismo e produção orgânica tem o propósito de apoiar projetos territoriais de redes de agroecologia, extrativismo e produção orgânica. O edital busca promover práticas de manejo sustentável de produtos da sociobiodiversidade e de sistemas produtivos orgânicos e de base agroecológica. A chamada pública visa ampliar a produção e a oferta de alimentos e produtos saudáveis, assim como contribuir para a promoção da transição agroecológica e da resiliência dos ecossistemas.

A promoção de sistemas produtivos mais saudáveis e sustentáveis está conectada com a autonomia social e econômica de agricultores familiares, assentadas, povos indígenas, quilombolas, entre outros povos e comunidades tradicionais.

Contexto de retomada

O Edital ECOFORTE Redes 2024, iniciativa da Fundação Banco do Brasil e do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social, está em consonância com as disposições dos contratos de aplicação de recursos não reembolsáveis do Fundo Socioambiental e Fundo Amazônia. A retomada do Ecoforte - Programa de Fortalecimento e Ampliação das Redes de Agroecologia, Extrativismo e Produção Orgânica, instituído em 2013, está amparada no Acordo de Cooperação Técnica nº 01/2023. As premissas do edital são caracterizadas de acordo Lei nº 11.326, de 24 de julho de 2006 que estabeleceu as diretrizes para a formulação da Política Nacional da Agricultura Familiar e Empreendimentos Familiares Rurais (PNAPO).

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Projeto gera renda para agricultores familiares que beneficiam de farinha de mandioca e vão iniciar produção de polpas de fruta

Na margem esquerda do rio Tapajós, bem no meio da floresta amazônica, uma comunidade tradicional usa bicicletas para coletar frutas, energia solar para beneficiar a farinha de mandioca na agroindústria e triciclo para transportar os produtos até os barcos que vão a Santarém (PA).

Essas alternativas sustentáveis de energia e transporte foram encontradas pelos moradores de Surucuá para ampliar a produção de derivados das frutas e de mandioca e a comercialização dos produtos, diante das condições naturais da região. Os moradores das Reservas Extrativistas Tapajós e Arapiuns têm o rio Tapajós como única porta de entrada. Saindo de Santarém, são, em média, seis horas de viagem de barco até lá.

Em convênio firmado com a Fundação Banco do Brasil (FBB), a Associação Comunitária de Moradores Produtores Agroextrativistas de Surucuá (Amprosurt) vai envolver 40 famílias que vivem na reserva. O objetivo é gerar oportunidade de renda para os participantes, principalmente mulheres e jovens. A gestora do projeto, Mayá Schwade, afirma que com o beneficiamento “melhora a apresentação dos produtos, através do uso dos equipamentos, e agrega valor à produção, possibilitando um melhor preço de venda”.

A farinha de mandioca é o primeiro produto que vem sendo beneficiado. Após capacitação, as famílias passaram a seguir padrões de higiene e qualidade na produção e com o ensacamento na agroindústria puderam aumentar o valor de venda de R$ 2 para R$ 3,50 o quilo. Atualmente, 14 famílias produzem cerca de 100 quilos por semana.

“A gente agora consegue vender melhor o produto da gente. Antes trabalhava mais e era menos renda”, afirma Cristiane Almeida, que também trabalha com o marido na produção. Em breve, a comunidade receberá mais equipamentos para beneficiar outros frutos, como maracujá, manga, murici, goiaba, acerola, caju, açaí, coco e cupuaçu.

Outra associada, Eloisa Sousa de Castro, também produz com o marido. Ela explica que o grupo de participantes vai comprar frutas e farinha de mandioca com outras famílias da comunidade, sendo esta uma forma de garantir a matéria-prima para produção e de gerar renda para mais gente. “O nosso projeto é principalmente para fortalecer a renda da comunidade. Os que não estão envolvidos na agroindústria vão fazer um preço mais baixo e em troca terão um preço melhor nos produtos beneficiados”.

As moradoras afirmam que a união para realizar o trabalho trouxe mais confiança e motivação para todos. “Tenho certeza de que todas as mulheres que estão no grupo estão mais confiantes”, disse Eloisa. “Estamos muito empenhadas e unidas e assim a coisa anda”, declarou a participante Maria Assunção Araújo.

Parceria para o desenvolvimento
O projeto na comunidade de Surucuá é um dos 23 habilitados no edital do Ecoforte Extrativismo, realizado em 2017. O edital apoia empreendimentos coletivos nas fases de produção, beneficiamento ou comercialização de produtos extraídos por meio de práticas sustentáveis na floresta. O investimento social é de R$ 8 milhões, da Fundação Banco do Brasil e do Fundo Amazônia, gerido pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).

Com recursos da Parceria Fundo Amazônia, o Ecoforte Extrativismo contribui para o cumprimento do Objetivo do Desenvolvimento Sustentável: “Fortalecer os meios de implementação e revitalizar a parceria global para o desenvolvimento sustentável”.

 

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