Educação e Inclusão Social

5ª Escola Feminista do MPA: onde a memória das mulheres camponesas floresce com o apoio da Fundação BB

Quarta-feira, 01 de Outubro de 2025 - 14:16

Escola Feminista MPA

Em Brasília, mulheres do campo se reuniram para celebrar suas histórias, fortalecer suas lutas e semear esperança

O encontro formativo do Movimento dos Pequenos Agricultores (MPA), realizado em Brasília, entre os dias 26 e 29 de setembro, em sua 5° edição da Escola Feminista, reafirma o seu compromisso soberano com um país mais justo, democrático e diverso.

Realizado pelo MPA, o evento reuniu cerca de 70 mulheres e pessoas LGBTQIA+ do campo, vindas de 20 estados, em uma jornada de formação política, partilha de saberes e celebração da memória viva das mulheres camponesas. Um espaço em que as mulheres assumem o protagonismo enquanto lideranças atuantes na disseminação de uma cultura camponesa como proposta de uma vida mais inclusiva e saudável para a sociedade.

A noite de sábado foi especialmente comovente. Velas acesas, cantorias, comidas coletivas e uma exposição fotográfica criaram uma atmosfera de reverência às que vieram antes — mulheres que cuidaram da terra, alimentaram comunidades e enfrentaram injustiças com coragem. “Nós, mulheres, produzimos todo tipo de vida que passa pelo cuidado da terra. Isso inclui o sentimento de que todos sejamos livres. Queremos entregar para as novas gerações uma sociedade libertada”, disse Ana Isabel Ramalho, emocionando a roda.

O encontro reafirma o Feminismo Camponês e Popular como ferramenta de resistência contra a exploração de classe e de gênero. Desde 2008, quando ampliaram sua organização dentro do MPA, as mulheres têm criado símbolos, materiais formativos e espaços de multiplicação do conhecimento em seus territórios.

Durante a celebração, o presidente da Fundação Banco do Brasil, Kleytton Morais, falou sobre a importância da parceria com o movimento. Ele destacou o protagonismo das mulheres na produção de alimentos saudáveis, nos quintais produtivos e nas cozinhas comunitárias que garantem soberania e segurança alimentar. “Ao celebrarmos a saída do Brasil do mapa da fome, temos que celebrar também a força de vocês, que dão régua e compasso para o nosso país”, afirmou.

Ele destacou que a Fundação BB tem aprendido muito com o MPA e com as mulheres camponesas, que semeiam não apenas alimentos, mas também formas mais humanas e solidárias de viver.

A assessora da Fundação BB, Tatiana Bomfim, que acompanha de perto um dos projetos vinculados, compartilhou sua vivência com emoção. “Estar junto da Escola Feminista é como respirar esperança. Cada conversa, cada abraço, cada gesto de cuidado nos lembra que a transformação começa onde há afeto e coragem. Assessorar esse projeto é reconhecer que as mulheres camponesas não apenas resistem — elas reinventam o mundo todos os dias, com suas mãos na terra e seus corações na luta.”

A Escola ofereceu alojamento, alimentação coletiva e um espaço de cuidado para as crianças, reafirmando que o cuidado, respeito e generosidade é parte da militância. Os saberes construídos ali agora se espalham pelos territórios, como sementes que germinam em forma de redes, práticas agroecológicas, cozinhas comunitárias e sonhos compartilhados.

A 5ª Escola Feminista do MPA foi a celebração de vivências amparadas pela cultura das camponesas, pautadas na música, na partilha do alimento e das suas experiências. Uma verdadeira celebração à natureza e à vida.

 

 

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