O presidente da Fundação Banco do Brasil, Kleytton Morais, apresentou tecnologias sociais brasileiras e reforçou a importância da expansão das articulações com outros países
A Fundação Banco do Brasil levou a experiência brasileira no apoio a projetos socioambientais por meio de investimento social privado e tecnologias sociais à Quarta Conferência Internacional sobre Financiamento para o Desenvolvimento (FFD4), realizada pela Organização das Nações Unidas (ONU) de 30 de junho a 3 de julho, em Sevilha (Espanha). O encontro reuniu chefes de Estado, organismos multilaterais, setor privado e sociedade civil para discutir novas arquiteturas financeiras que destravem recursos e acelerem o cumprimento da Agenda 2030.
O presidente da Fundação BB, Kleytton Morais, participou de painéis sobre inovação na cultura de financiamento, destacando o conceito de tecnologias sociais, que são iniciativas, técnicas ou metodologias reaplicáveis, desenvolvidas na interação com a comunidade e que representam efetivas soluções de transformação social. As tecnologias sociais certificadas pela Fundação BB e disponíveis para reaplicação podem ser consultadas na rede Transforma.
De acordo com Kleytton Morais, em pouco mais de uma década, a Fundação Banco do Brasil apoiou mais de 10 mil projetos socioambientais que beneficiaram mais de 6,8 milhões de pessoas em todos os biomas brasileiros, com foco nos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável – ODS 1 (erradicação da pobreza), 5 (igualdade de gênero), 6 (água e saneamento) e 13 (ação contra a mudança global do clima).
“A expansão das articulações com outros países é essencial para multiplicar o impacto das tecnologias sociais brasileiras. Estamos prontos para receber e aplicar apoios internacionais com responsabilidade e impacto real. Com a aplicação adequada de recursos conseguiremos acelerar o cumprimento dos ODS e implementarmos uma trajetória coletiva por meio de parcerias com o terceiro setor, movimentos sociais, sociedade organizada e entes governamentais. A partir daí poderemos projetar a agenda pós-2030”, disse o presidente da Fundação Banco do Brasil.
Durante o evento, Kleytton Morais apresentou cases como o Programa Cisternas, que já assegurou água para mais de 500 mil pessoas no semiárido brasileiro, e a Fábrica de Bioinsumos no Rio Grande do Sul, capaz de atender 750 mil hectares por ano com fertilizantes naturais. “Ambos exemplificam a capacidade da Fundação BB de combinar recursos públicos, privados e comunitários em modelos de implementação baseados em resultados, reconhecidos internacionalmente por prêmios da ONU e da COP”.
A Fundação Banco do Brasil também reforçou sua disponibilidade para receber novos fundos de cooperação internacional, apoiados por estruturas sólidas de transparência, consulta prévia via Convenção 169 da OIT e monitoramento de impacto. Entre as frentes em negociação estão parcerias para ampliar o acesso a saneamento básico na Amazônia, por meio do Projeto Sanear Marajó, e a retomada do Cataforte, voltado à inclusão socioprodutiva de catadores de materiais recicláveis.
Sobre a FFD4
A Quarta Conferência Internacional sobre Financiamento para o Desenvolvimento oferece uma oportunidade estratégica para repensar o sistema financeiro global, hoje considerado insuficiente para enfrentar as desigualdades e múltiplas crises que ameaçam o alcance dos ODS. O “Compromisso de Sevilha”, documento final do encontro, deve apontar caminhos como finanças verdes, fundos de impacto socioambiental e cooperação fiscal entre países.
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