Evento realizado em Belém destacou o investimento social de R$ 150 milhões em iniciativas apoiadas pela Fundação Banco do Brasil na região Norte
A Fundação Banco do Brasil deu início, na terça-feira (20), às comemorações dos 40 anos da instituição que, desde 1985, vem promovendo trabalhos e serviços para o desenvolvimento social e sustentável do país. O pontapé inicial da programação ocorreu durante o primeiro dia das ações do Projeto Memória Lélia Gonzalez – Caminhos e Reflexões Antirracistas e Antissexistas, que está sendo produzido pela Associação Amigos do Cinema e da Cultura (AACIC), até o próximo dia 29 de junho, no Espaço São José Liberto, em Belém. A Fundação BB é parceira na realização do projeto.
“Estamos em Belém, em um ciclo extremamente importante. Um portal se abre aqui com a chegada do Projeto Lélia Gonzalez, do qual somos parceiros. Um momento de resgate, de inclusão e superação da violência social histórica e do apagamento da cultura que a população negra vem enfrentando ao longo de quase 530 anos. Então, é nesta perspectiva que a Fundação Banco do Brasil vem pensando os seus próximos 40 anos, lançando um olhar de esperança, abraçando as comunidades para construir potência, trazendo e mostrando ao mundo o que já fomos capazes de construir neste curto espaço de tempo”, disse Kleytton Morais, presidente da Fundação BB.
Em 23 de dezembro de 2025, a Fundação BB completará 40 anos de atuação e, ainda de acordo com o presidente, Belém foi escolhida para sediar o início das celebrações por ser símbolo de resistência, de ancestralidade e de cuidado social e ambiental, além de ser a cidade onde ocorrerá a COP30, no final deste ano.
“Estar aqui é reafirmar o nosso compromisso com a Amazônia, com os povos da floresta e com a força transformadora que pulsa neste território. A Fundação BB atua em territórios priorizados, localizados nas regiões Norte e Nordeste do país. Quando olhamos para o Norte, especificamente, vemos muito potencial, mas também muita discrepância entre uma natureza exuberante, um povo com conhecimento do manejo sustentável, mas, pelos processos de estruturação e organização econômicas, vemos muito abandono. Nesse sentido, a Fundação elege estes territórios para amparar e ancorar um conjunto de entregas sistemáticas, por entender a potência e a urgência no chamado para o desenvolvimento”, complementou Kleytton.
A Fundação BB está presente em mais de 3.200 municípios brasileiros, com investimento social direto de mais de R$ 2 bilhões, alcançando 8 milhões de pessoas, entre os anos de 2008 e 2025. O Norte, segundo Kleytton, é a região onde a instituição mais impulsiona desenvolvimento, com investimento social direto de mais de R$ 150 milhões, além de mais de 364 mil pessoas atendidas por suas iniciativas, no mesmo período.
Nos últimos três anos, a Fundação Banco do Brasil atuou em projetos prioritários na região. Entre eles, estão: Projeto Fundação BB Saúde que atua, desde 2024, na promoção de saúde de qualidade e tempestividade no atendimento às comunidades indígenas, quilombolas e tradicionais do Pará, com investimento de mais de R$ 9 milhões; Projeto Sanear – Marajó Socioambiental, que busca, desde 2023, a inclusão socioprodutiva, por meio da estruturação da cadeia produtiva do açaí, em parceria com o BNDES Fundo Amazônia, com investimentos de mais de R$ 4 milhões; Projeto Fortalecendo Experiências Socioprodutivas Sustentáveis no Alto Juruá, o qual existe desde 2023, com investimento social direto de R$ 3 milhões; Projeto Estiagem Brasil, também em funcionamento desde 2023 e com investimento de mais de R$ 2 milhões; além do Projeto Conexão Ecoforte e ecossistemas locais, que visa o fortalecimento de organizações comunitárias que mantêm a floresta em pé na Amazônia, desde 2022, com investimento de mais de R$ 2 milhões.
“Hoje, demos início à comemoração dos nossos 40 anos de existência e atuação, com a vinda para Belém do Projeto Lélia Gonzalez. Muito mais que uma data no calendário, é uma forma de honrar a nossa história construída com tantas mãos, com o Banco do Brasil, organizações sociais, governos, universidades e movimentos que lutam por um país melhor. Aqui, reafirmamos nosso compromisso com a inclusão social, a sustentabilidade e a construção coletiva de um futuro mais justo”, finalizou Kleytton.
Projeto Memória Lélia Gonzalez
A cidade de Belém é a sétima e última capital brasileira a receber o Projeto Memória Lélia Gonzalez, uma iniciativa da Fundação Banco do Brasil, produzida pela Associação Amigos do Cinema e da Cultura (AACIC).
“O projeto resgata a memória de uma mulher, uma potência na representatividade do feminismo negro, que foi a Lélia Gonzalez, uma intelectual, que pensou na questão racial de forma profunda, com ideias novas e positivas. Ela reafirmou a necessidade da população negra, da mulher negra ocupar espaços de poder. E o fato da Fundação do Banco do Brasil ser parceira na realização deste projeto é um diferencial, dando maior visibilidade à memória de grandes brasileiros e brasileiras”, afirmou Márcia Mara, representante da Associação Amigos do Cinema e da Cultura.
O Projeto Memória faz homenagem aos 90 anos do nascimento de Lélia Gonzalez, sendo um resgate da vida e obra da escritora e ativista, em uma série de atividades itinerantes, por 7 capitais brasileiras, até junho de 2025.
A ação consiste na apresentação do seminário e da Mostra Educativa Caminhos e Reflexões Antirracistas e Antissexistas. A iniciativa teve início em 2024 e já passou por Salvador (BA), Belo Horizonte (MG), São Luís (MA), Brasília (DF), Rio de Janeiro (RJ) e Porto Alegre (RS). A última parada ocorre em Belém.
“Infelizmente, vivemos em um país onde a população negra sofre um apagamento. Quando um projeto como este resgata a história de Lélia, a trajetória de vida dela política, intelectual e como mãe, demonstra que os negros também têm história e são protagonistas na história do país. Essa ação é primordial, sendo importante que se estenda a outras personalidades negras, que também têm importância”, finalizou Rubens Rufino, filho de Lélia e diretor do Instituto Memorial Lélia Gonzalez.
Em Belém, a programação iniciou na terça-feira (20) e segue até o dia 29 de junho, de forma gratuita, no Espaço São José Liberto, a partir das 17h30, com 18 painéis representando o legado da autora.
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